Protesto foca só no PT- CUT fala em ‘armas na mão’

PEDRO VENCESLAU E LISANDRA PARAGUASSU - O ESTADO DE S. PAULO

13 Agosto 2015 | 22h 35

Grupos usam mote contra corrupção e por impeachment, decidem poupar Cunha; Planalto não comenta discurso de sindicalista

Brasília e São Paulo - Os três principais grupos que lideram a convocação para protestos contra a presidente Dilma Rousseff e o PT, no domingo, decidiram adotar três palavras de ordem em comum: “Fora corruptos”, “Fora Dilma” e “Lula nunca mais”. Em paralelo, movimentos sociais voltaram a dar apoio à petista em ato no Palácio do Planalto, no qual o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, falou em ir às ruas “de armas na mão”.

Os protestos deste domingo foram convocados para mais de 200 cidades do País. O alvo prioritário são o PT, Dilma e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Com a definição de ontem entre a Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua, os principais articuladores das manifestações decidiram oficialmente poupar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é investigado pela Operação Lava Jato por suspeita de ter cobrado propina do esquema de corrupção na Petrobrás.

“A questão do Eduardo Cunha não é central para nós. Ele não é o foco, mas vamos pressioná-lo pela admissibilidade dos pedidos de impeachment que estão na Câmara”, disse Carla Zambelli, porta-voz da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, frente que reúne dezenas de grupos anti-Dilma. Como presidente da Câmara, Cunha é quem decide se aceita ou não pedido de impeachment.

Dilma Rousseff em ato com movimentos sociais no Planalto

Dilma Rousseff em ato com movimentos sociais no Planalto

Por sua vez, os movimentos anti-Dilma já adotaram como alvo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se reaproximou do Planalto. Na noite de quarta-feira, integrantes do MBL fizeram um ato de protesto na frente da residência oficial do peemedebista.

Os grupos discordam, porém, sobre o tratamento a ser dado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável por investigar autoridades com foro no Supremo Tribunal Federal, como os alvos da Lava Jato. “A lentidão do Janot no processo chama a atenção, mas não existe indicação de que ele esteja obstruindo a investigação”, afirmou Rogério Chequer, do Vem Pra Rua.

‘Às armas’. Grupos pró-PT têm adotado o discurso da defesa da democracia para rechaçar movimentos pelo impeachment. Mas ontem, em solenidade no Palácio do Planalto, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, afirmou que os movimentos sociais serão o “exército” que vai “enfrentar essa burguesia”.

“Recado para os golpistas: nós somos trabalhadores, trabalhamos pela democracia”, discursou o sindicalista. “O que se vende é a intolerância, o preconceito de classe contra nós. Somos defensores da unidade nacional. Isso implica ir para a rua entrincheirados de armas na mão e lutar se tentarem tirar a presidente.”

Os presentes responderam com gritos de “Não vai ter golpe”. Dilma ouviu as manifestações, mas não comentou o discurso de Freitas. Em entrevista após a cerimônia, o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) tampouco respondeu ao ser questionado sobre o assunto e limitou-se a dizer que o “governo não trabalha com a hipótese de impeachment”. “O governo trabalha com um ambiente de mais estabilidade, mais diálogo, especialmente com nossa base.”

SirCornelius Days
SirCornelius Days

Se o Olavo de Carvalho estiver certo de que não existe uma política formal de direita no Brasil, também não existe uma esquerda porque uma central precisa ser formal para nortear ambas as outras. Mas na pratica ela existe na sociedade por conta da oposição dos idealistas partidários. O movimento "pró Dilma" ameaça ir às ruas armados em defesa da esquerda, os manifestantes "pró Impeachment" vão a favor da direita, visto que neste caso a política central é a que está na gestão atual representada pela esquerda; e é partir destes paradigmas que pode ser possível desencadearem uma guerrilha urbana no Brasil.

Sergio Luis Fernandes Romero
Sergio Luis Fernandes Romero

Estamos diante de uma situação onde o que deve prevalecer é o IMPÉRIO DA LEI CONTRA A VONTADE DO SOBERANO , principalmente quando forças ligadas ao GOVERNO DA MÁFIA BRASILEIRA , proclamadas como EXÉRCITO VERMELHO OU EXÉRCITO DE LULA , praticam atos em tese definidos como crime ; As manifestações democráticas que tem ocorrido no Brasil para que se mude o rumo da Nação , não aceitando qualquer tipo de governo que pratique a corrupção ou que atue como organização criminosa com o intuito de permanecer no poder , criando e executando projeto político neste sentido , agindo com desvio de poder e finalidade , praticando crimes contra a administração pública e crimes de responsabilidade que lesam a Pátria , este movimento popular de exercício da cidadania que tem por finalidade combater o crime organizado que se apoderou do governo, sempre atuando dentro do Estado Democrático de Direito , de forma pacífica, é direito do povo brasileiro

ALCIDES GONCALVES
ALCIDES GONCALVES

Essa fala do presidente da CUT não é novidade. Eu me lembro, anos atrás, um outro presidente da CUT numa entrevista para a revista Veja (nas páginas amarelas) dizia que "trabalhador que não obedece as ordens do sindicato dele levar pancada". Esse é o modo de ser desse grupo de onde saiu o PT. É o que eu chamaria de Democracia da prepotência e da arrogância. Pobres de nós, brasileiros comuns!

Julio Silva
Julio Silva

Armas contra quem? Pais de família, estudantes? Pessoas comuns de opinião divergente? Os 71% da população que acham o governo atual ruim/péssimo? A grande maioria desses 71% não são sindicalistas, políticos ou filiados políticos. Enquanto esses sanguessugas recebem dinheiro para "babar ovo" do governo (mesmo com mais de 30 mil demissões na indústria)... Esse cidadão (presidente da CUT) deveria ser preso!

Ottfried Kelbert
Ottfried Kelbert

O exemplo vem de cima.

O Lula falou em colocar o exército do Stédile nas ruas, e ai vem este mequetrefe, achando que o confronto armado está liberado, já que o magnânimo Lula deu o caminho.

O Lula roubou o Brasil durante o seu governo, e aí vêm as instâncias inferiores e acham que liberou geral, e roubam todas instituições que estão a seu alcance.

Fora Dilma marxista, fora Lula estelionatário oportunista, fora elite vermelha do PT. Por um Brasil livre e democrático.

 

 

Paulo Roberto Martinez Lopes
Paulo Roberto Martinez Lopes

Muito me admira uma declaração desta e principalmente uma afronta a Lei de Segurança Nacional que encontra-se em pleno vigor.

LEI Nº 7.170, DE 14 DE  DEZEMBRO DE 1983.

              Define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, estabelece seu processo e julgamento e dá outras providências.

Art. 22 - Fazer, em público, propaganda:

I - de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social;

II - de discriminação racial, de luta pela violência entre as classes sociais, de perseguição religiosa;

III - de guerra;

IV - de qualquer dos crimes previstos nesta Lei.

Pena: detenção, de 1 a 4 anos.

§ 1º - A pena é aumentada de um terço quando a propaganda for feita em local de trabalho ou por meio de rádio ou televisão.

§ 2º - Sujeita-se à mesma pena quem distribui ou redistribui:

a) fundos destinados a realizar a propaganda de que trata este artigo;

b) ostensiva ou clandestinamente boletins ou panfletos contendo a mesma propaganda.

§ 3º - Não constitui propaganda criminosa a exposição, a crítica ou o debate de quaisquer doutrinas.

Art. 23 - Incitar:

I - à subversão da ordem política ou social;

II - à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições civis;

III - à luta com violência entre as classes sociais;

IV - à prática de qualquer dos crimes previstos nesta Lei.

Pena: reclusão, de 1 a 4 anos.

 Fonte: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,protesto-de-domingo-foca-em-petistas-e-cut-fala-em-arma-na-mao,1743718

 

 

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