O Período de 50 anos d.C. até o Presente

 

O Período de 50 anos d.C. até o Presente

Parte I - II


AS TRADIÇÕES DOS PAIS DA IGREJA PRIMITIVA E SUAS MODIFICAÇÕES
(O Grande afastamento da DOUTRINA dos APÓSTOLOS) ( At. 2:38 & At. 2:42)

  40-60 d.C.

    Nicolau, um dos sete diáconos que fazia parte da igreja (At. 6:5) desenvolve e introduz a doutrina nicoláita à igreja Cristã Primitiva. Em sua doutrina, a qual foi fundada baseada no dualismo grego, ele e seus seguidores declararam que eram pecadores salvos pela graça significando que eles podiam se parecer com o mundo, vestirem-se como o mundo e viver como o mundo em todos os tipos de pecado e continuarem salvos. Seu ensinamento formou a base para o desenvolvimento da doutrina da segurança eterna a qual acreditava que uma vez salvo para sempre salvo e a confissão dos pecados à um padre; enquanto a pessoa permanecia no pecado, já que seu ensinamento não exigia mudanças internas ou externas para ser salvo e que não era necessário o arrependimento. Nicolau e seus seguidores atraíram um grande número de convertidos oriundos dos muitos sistemas religiosos pagãos da época e também do mundo da igreja cristã apostólica. A sua mensagem para a igreja apostólica era; porque viver no legalismo e nos ensinamentos de santidade e santificação dos apóstolos se podemos ser livres em Jesus Cristo e seus ensinamentos?

    A doutrina dos nicolaítas violaram os ensinamentos dos apóstolos sobre auto santificação e santidade o qual, fazia parte o ensinamento sobre salvação. Nesse ensinamento uma vida santificada incluía vestimenta, as atividades das quais os cristãos poderiam participar ou não, bem como códigos sobre sua conduta no dia-a-dia.  (Ro 6:1; 12:1; I Tess. 4:3-7; I Ti 2:8-10; Heb. 12:14; I Pe 1:15-16 +  muitos mais)

    Nota especial: A grande queda iniciou-se com a mudança nos ensinos apostólicos sobre arrependimento-santidade e pecado, depois batismo com água e batismo com o Espírito Santo e a aplicação do sangue e então a divindade. Todo o evangelho sobre a doutrina da salvação foi completamente alterado entre 50 e 325 d.C., pelos nicolaítas e os pais da igreja. Mais tarde quando os reformadores entraram na história da igreja eles simplesmente acrescentaram mais mentiras e afastaram se mais ainda dos ensinos apostólicos do mundo cristão trinitariano.   

    70-150 d.C.
    O desenvolvimento da teologia, escolástica como sistema de interpretação às escrituras começa a ser utilizado pelos intelectuais cristãos. Nesse sistema que resultou na criação do mundo trinitariano cristão com uma completa distorção do evangelho dos apóstolos e o plano de salvação dado a eles pelo Senhor Jesus Cristo. Com o desenvolvimento deste ensinamento, o evangelho dos apóstolos foi taxado de heresia. Nas seguintes escrituras Paulo, Pedro e Judas alertam sobre os nicolaítas, pais da Igreja, reformadores e outros grupos não apostólicos e suas doutrinas falsas.

Também é muito interessante notar o então desenvolvimento da Teologia Escolástica, e que o recebimento do batismo com o Espírito Santo e o dom de falar linguas estranhas não aconteceu com aqueles os quais lideravam tais ensinamentos e nem com aqueles que eram ensinados através do novo sistema de estudos.

    Gal. 11:1-10
    Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.
   
    2 Ped. 2:1-2
    E TAMBÉM houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. 

    Judas 1:3-6
    Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da SALVAÇÃO COMUM, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que UMA VEZ  foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo. Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor SALVO um povo, tirando-o da terra do Egito, DESTRUIU DEPOIS OS QUE NÃO CRERAM; E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia

    Ex. 32:31-35
    Assim tornou-se Moisés ao SENHOR, e disse: Ora, este povo cometeu grande pecado fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa o seu pecado, se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito. Então disse o SENHOR a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei do meu livro. Vai, pois, agora, conduze este povo para onde te tenho dito; eis que o meu anjo irá adiante de ti; porém no dia da minha visitação visitarei neles o seu pecado. Assim feriu o SENHOR o povo, por ter sido feito o bezerro que Arão tinha formado.

    150 d.C.
    Justino Martir promove a primeira mudança com relação ao batismo com água e a divindade. Já que Justino não acreditava que Jesus era Deus, o Pai manifesto como homem, conforme os apóstolos ensinavam, batizava seus convertidos e seguidores da seguinte forma: "Eu te batizo em nome de Deus o Pai de todos e nosso salvador Jesus Cristo e do Espírito Santo". Justino acreditava e ensinava da mesma forma que os judeus que crêen que o nome de Deus é tão sagrada que o homem não deve pronunciá-lo, daí a sua afirmação de que Deus, o Pai e seu filho Jesus Cristo eram duas pessoas diferentes, pois ele não cria no nome de Jesus Cristo, sendo também, o nome do Deus Pai e do Espírito Santo. Esse resultado foi o pilar para o desenvolvimento de diferentes trindades no mundo religioso cristão.

    I Tim 3:16
    E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.

    II Tess. 2:10-12
    E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.

    190-200 d.C.
    Origenes; filósofo e Tertuliano, um advogado, convertidos através dos ensinamentos dados por Justino Martir, muda a fórmula de seu lider, resumindo-a ao versículo 19, em Mateus 28 que diz: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Nessa segunda mudança sobre a lei do batismo, também é rejeitado o ensinamento apostólico e ambos Tertuliano e Origenes passam a expressar a diferença entre Pai, Filho e Espírito Santo, como três pessoas distintas da divindade. Em 200 d.C., Tertuliano passa a adotar a palavra pagã romana "Trinitas", descrevendo três pessoas da divindade cristã. Ambos, Origenes e tertuliano desenvolveram, nessa época, duas doutrinas diferentes sobre a trindade cristã as quais são na verdade, modificações e adaptações das trindades pagãs.

Digno de nota: Origenes desenvolveu o que se chama de trindade do leste a qual formou o alicerce para os ensinamentos do sistema religioso grego ortodoxo e Tertúliano, a trindade do oeste latino que serviu de base para o sistema Católico Romano. É importante ressaltar que a palavra trindade foi utilizada na Teologia Cristã pela primeira vez em 200 d.C. e não aparece nas escrituras. Os trinitarianos sempre acreditaram que para ser salvo era necessário ser trinitariano. Sendo assim então, todos que seguem os ensinamentos apostólicos, incluindo os próprios apóstolos nunca foram salvos.

    220 d.C.
    Origenes introduz a doutrina da trindade para bebês, na sua escola de preparação para o batismo em Alexandria, Egito.

    320 d.C.
    A heresia Ariana é desenvolvida no oeste do Império Romano. No ensino de Ários a divindade de Jesus Cristo é negada e Deus manifesta na carne e sangue de Jesus Cristo é tido como nada mais que o filho de Deus adotado. Se não fosse pela intervenção de Constantino em 325 d.C., essa heresia teria dominado completamente, o mundo da igreja do Oeste que mais tarde se tornou o mundo da Igreja Ortodoxa Grega.

    325 d.C.
    Sob o governo do imperador Constantino no Conselho de Nicea a trindade Tertuliana juntamente com a nova lei do batismo, tornam-se doutrinas oficiais nas igrejas do Império Romano, através do decreto imperial. Todos os sistemas religiosos fora do trinitarismo foram considerados heréticos, incluindo, os ensinamentos dos apóstolos e os de Arias, juntamente com outros grupos religiosos. Sob o governo de Constantino, os assim chamados grupos trinitatianos tornaram-se a religião oficial do império. Nessa época, a profecia do Apóstolo Pedro em 2º Pe 2:1-2 se cumpre.

    2 Pe 2:1-2
    E TAMBÉM houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.

    Devido ao concilio de Nicea, o mundo da igreja apostólica dentro do território romano foi levada a se esconder, ou se espalhar, devido a perseguição pelo próprio governo e a Igreja Católica Romana e os crentes trinitários.

    416 d.C.
    O batismo infantil e por aspersão torna-se compulsório na igreja Ocidental.

    451 d.C.
    Institui-se a adoração à Maria como mãe de Deus.

    607 d.C.
    Bonifácio III torna-se o 1º Bispo Trinitário à adotar o nome de     Papa na Igreja Católica Romana. O tal Bispo só da esse passo, após a queda do Império Romano.

    709 d.C.
    Começa-se a beijar os pés do Papa.

    786 d.C.
    Desenvolve-se a adoração à imagens e relíquias.

    850 d.C.
    Inicia-se o uso da água benta.
   
    995 d.C.
    Canonização de santos mortos.

    998 d.C.
    Jejuns às sextas feiras santas e antes da quaresma.

    1056 d.C.
    As igrejas Católica Romana e grega Ortodoxa dividem-se por causa dos eus trinitarismos diferentes, autoridade papal, leis de batismo e a veneração da imagem de santos mortos e imagens. É importante ressaltar que as diferenças de idioma entre o grego e o latim bem como, a diferença trinitariana entre o leste e o oeste trouxeram a divisão na oficial. Já em 500 d.C., porém a ruptura oficial só aconteceu em 1056 d.C.

    1079 d.C.
    Institui-se o celibato do Sacerdócio.

    1090 d.C.
    Os rosários (terços) são adotados em diversos sistemas religiosos pagãos.
   
    1184 d.C.
    Inicia-se a inquisição (26 milhões de judeus e protestantes são mortos nas mãos da Igreja Romana).
   
    1190 d.C.
    É instituida a venda de indulgências.
   
    1215 d.C.
    Transubstanciação da hóstia e do vinho.
           
    1220 d.C.
    Adoração da hóstia (receber).
   
    1229 d.C.
    Bíblia proibida para os leigos.
   
    1414 d.C.
    Proibido o cálice para os leigos.

    1439 d.C.
    Criada a lei do purgatório.
   
    1439 d.C.
    Afirma-se o dogma dos sacramentos.

    1508 d.C.
    Ave Maria louvada.
       
    1545 d.C.
    A importância da tradição é equiparada com a Bíblia.  (Concilio de Trento)
           
    1546 d.C.
    Os livros apócrifos são acrescentado á Bíblia Católica Romana.
               
    1854 d.C.
    Imaculada concepção de Maria.
                   
    1870 d.C.
    É declarada a infalibilidade do Papa.

    1950 d.C.
    Declarada a entrada da Virgem Maria no céu.
                           
    1965 d.C.
    Maria é declarada a mãe Rainha dos céus, de Deus, de Jesus e da Igreja.

    1985 d.C.
    O Para João Paulo II declara que os pecados não serão diretamente perdoados e que para isso será necessária a confissão à um padre da Igreja Católica Romana.

Parte II - Visão geral da história do batismo com água:

No dia de Pentecostes em 33 d.C., o apóstolo Pedro introduz o ensino sobre batismo com água (At. 2:38). No ensino apostólico o batismo com água no nome de Jesus era e é a parte principal da salvação. Os apóstolos ensinam aos seus convertidos que este batismo em nome de Jesus é que trazia todas as sete funções do sangue sobre o convertido que resultava em salvação.

Também, esse batismo era feito através da submersão, mergulhando o crente na água. O ato de despejar ou aspergir a água sobre o indivíduo, juntamente com o batismo de bebês, nunca foi enviado pelos apóstolos.

Em Mateus 16:18-19 a palavra de Deus diz que foi dada ao Apóstolo Pedro as chaves para o reino dos céus e a forma como essas chaves fossem utilizadas, seria ligado ou desligado nos céus e na Terra. Isso indica que qualquer atitude mudando os valores sobre o arrependimento, o batismo por submersão, e o nome exclusivo de Jesus, anulará o poder dessas chaves, as quais não serão aceitas como único passe para a salvação e o Paraíso.

150 d.C. Justino Martir promove a primeira mudança nos ensinamentos dos apóstolos sobre o batismo, o sangue e a submersão. Ele muda as palavras da cerimônia, e desenvolve a base sobre a qual virá a fórmula trinitária sobre o batismo com água.

190 /200 d.C. Origenes e Tertuliano desenvolvem as duas doutrinas trinitaristas e criam a nova fórmula para o batismo. Como Justino Martir, eles mantém os ensinamentos apostólicos sobre arrependimento, sangue e submersão, porém não mais utilizam o nome de Jesus no batismo.

220 d.C.  Origenes começa a pregar a doutrina do batismo para bebês, por causa da observância sobre o pecado original ensinado na sua escola de preparação para o batismo na Alexandria, Egito.

325 d.C. Sob o governo de Constantino, no Concilio de Niceia, a trindade santa e a fórmula batismal trinitariana são declaradas doutrinas do Império Romano e da Igreja Católica Romana.

416 d.C. O batismo infantil torna-se um ensinamento universal na igreja católica romana.

Durante a era escura e os tempos medievais a Igreja Católica Romana adota as formas adicionais de se batizar ou seja por aspersão ou derramando água sobre as cabeças dos convertidos. Em seus estudos escritos, eles reconhecem que essas mudanças vieram via tradição e que não há base bíblica para estas mudanças. Nas igrejas gregas ortodoxas do leste, essas duas fórmulas batismais foram rejeitadas como falsas doutrinas.

Com a chegada do movimento da reforma e Martinho Lutero, declara-se que o batismo com água não tem efeito de salvação e é somente um sinal externo de uma fé interna. Isso se deve ao fato de que os reformadores acreditavam que o sangue era aplicado na confissão dos pecados e não no batismo. E a partir dessa visão, decidiu adotar a visão do trinitarismo Ocidental e o batismo com água utilizada na maioria das igrejas protestantes.

MATERIAL DE REFERÊNCIA PARA O GRANDE DECAIMENTO:

A Bíblia, o Manual de Eerdman para a História do Cristianismo, Fundamentos de Dogma católico, A História da Igreja Católica, UMA História Popular da Igreja Católico, Aspectos Pentecostal - Origens Carismáticas, O Zondervan Pictorial, Enciclopédia da Bíblia, Enciclopédia de Religião Mundial, Enciclopédia, Britannica (1947), A Teologia Doutrinal da Igreja Evangélica luterana, Religiões do Mundo, A História do Império romano.

As escritas dos Pais da Igreja: "A Fé dos Pais Primitivos", Volume Um; "Leituras em "História da Igreja, Volume Um.

Lesson by:
Rev. John D. Sims
Pastor-Teacher
Apostolic Bible Center

JSims238@aol.com
aurora238@juno.com
unicidadebrasil@hotmail.com

http://www.apostolic.edu/biblestudy/files/timeline.htm  (Em Inglês)

 

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