Doutrina dos usos e costumes

Veja o que acontece quando a igreja não prepara espiritualmente um cristão récem convertido, mesmo de origem cristã, bem como aqueles que foram educados em outras religiões; e batiza o novo candidato nas águas sem o devido preparo espiritual, sem ele ter tido a minima noção do que é o pecado, e quais são as suas implicações na vida cristã presente e futuramente no seu ministério.

Leia o artigo abaixo publicado por um jovem estudante de teologia, e veja como ele provavelmente irá pastorear uma igreja no futuro, pela maneira como ele demonstra ter sido iniciado na fé cristã.

As igrejas que antes pregavam a genuína doutrina bíblica sobre o novo nascimento, ou seja, a partir do momento em que ela aceita a Jesus Cristo como o salvador da sua alma do dano da segunda morte; após a mudança dos antigos pastores consagrados por Deus para os modernos pastores sucessores eleitos por méritos, elas sofreram um colapso espiritual e estagnaram no legalismo, e as manifestações e ações do Espirito Santo em prol da santificação da igreja, foram substituidas por ensinos teológicos, conforme a interpretação de cada um desses que são os pastores da nossa atualidade.

Veja no estudo abaixo o que acontece quando se perde ou quando não se tem a unção do Espírito Santo e Ele é forçado a ser substituido pelo conselho dos ímpios, ou pelos próprios; isto ocorreu também na Igreja de Jerusalém quando começou a surgir as primeiras dissensões: ex:  “Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe”. (3João 1:8-10).

Temos aqui um nítido exemplo de nicolaísmo, pois Diótrefes, movido de tal sentimento de poder, além de não receber os irmãos que com certeza não apoiavam as suas idéias, impedia os que queriam recebê-los, essa doutrina não foi aceita na igreja de Éfeso, mas, encontrou apoio na igreja de Pérgamo por meio daqueles que se apostaram da fé, e; dissidentes criaram o que a bíblia chama de "doutrina dos nicoláitas", ou seja, aquelas que são contrárias a palavra de Deus.

De umas três décadas para a atual, surgiu uma nova doutrina conhecida como: "usos e costumes", cuja, quem a combate, é visto como opressor que subjuga a igreja com aqueles outrora fardos pesados que Cristo já levou por nós na Cruz, dai então, com esta desculpa esfarrapada, os antigos hábitos da fase da velha criatura, abomináveis aos olhos do Senhor, e que contradizem a doutrina da santidade, estão sendo abolidas, e reintroduzidas na igreja novamente por meio dos defensores do legalismo. Leia a Seguir: 

Doutrina, usos e costumes

Por Gutierres Siqueira

 
O tema “usos e costumes” é uma velha questão nos círculos pentecostais. A tradição faz parte de todas as instituições e sociedades. Assim, é correto afirmar que todas as igrejas têm os seus costumes, impostos ou espontâneos, mas igualmente estabelecidos. Por muito tempo se confundiu costumes com doutrina, mas há diferenças significativas entre esses dois conceitos.
O que é costume? O lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda definiu costume como “uso, hábito ou prática geralmente observada” [1]. O dicionarista Adriano da Gama Cury definiu, de maneira mais completa, a palavra costume como “uso, prática habitual; modo de proceder; característica, particularidade; prática jurídica ou religiosa não escrita, baseada no uso; moda; traje característico ou adequado...” [2]. Essas definições mostram que o costume é um hábito repetidamente adotado por um determinado grupo social.
 
Os costumes fazem parte da identidade de uma instituição. O que é doutrina? No Novo Testamento a palavra mais usada para doutrina é didache e significa ensino, instrução, tratado ou doutrina. Segundo o teólogo Claudionor Corrêa de Andrade, doutrina é a “exposição sistemática e lógica das verdades extraídas da Bíblia, visando o aperfeiçoamento espiritual do crente” [3]. Doutrina, portanto, é o resultado do um ensino teológico, adotado por uma denominação ou religião.
O pastor Antonio Gilberto apresentou em seu livro Manual da Escola Dominical [4], algumas diferenças entre usos e costumes, e neste artigo será apresentada outras diferenças, além da lista exposta pelo teólogo pentecostal. a) A doutrina é de origem divina, o costume é de origem humana.
A doutrina é divina pois está baseada na inspirada Palavra de Deus. Para uma ideia ser doutrina bíblica é preciso que ela esteja exposta por todo o texto sagrado. Nunca uma verdadeira doutrina é baseada em textos isolados. O costume é imposto por convenções humanas de maneira espontânea ou obrigatória, sendo assim, o costume é humano. Há muitos que tentam achar textos bíblicos para justificar a perpetuação de sua tradição, mas normalmente praticam a eisegese [5], ou seja, dizem o que bem querem e tentam justificar na Bíblia. O teólogo Esdras Costa Bentho, escrevendo sobre a eisegese, disse:
O intérprete está cônscio de que a interpretação por ele asseverada não está condizente com o texto, ou então está inconsciente quanto aos objetivos do autor ou do propósito da obra. Entretanto, voluntária ou involuntariamente, manipula o texto a fim de que sua loquacidade possa ser aceita como princípio escriturístico. [6]
Tentar justificar na Bíblia as tradições é uma tarefa que tem levado a muitas distorções bíblicas. O melhor é reconhecer a humanidade do costume. b) A doutrina é imutável, o costume muda.A doutrina é permanente, ela nunca muda.
A doutrina da “justificação pela fé”, exposta principalmente nos primeiros capítulos de Romanos, nunca mudou e nem deve ser mudada. Doutrina (bíblica) mudada é heresia. Quando Lutero resgatou a doutrina da justificação pela fé, ele orientou a igreja a voltar na perspectiva bíblica sobre o assunto. São passados mais de dois mil anos e essa doutrina nunca mudou no verdadeiro cristianismo.
O costume não é imutável. No Brasil era comum os cidadãos andarem pelas ruas de chapéus, tanto homens como mulheres, passados os anos não há mais esse costume no país. Antigamente, os pais escolhiam com quem a sua filha casaria, mas também esse costume mudou. É necessário que o costume mude, pois ele está ligado à cultura local, e toda cultura é dinâmica. Mudar alguns costumes não significa passar do são para o diabólico, como muitos pregam. A mudança é inevitável e deve ser bem orientada, mas como enfatizado, é sempre necessária. É bem relevante o que o teólogo britânico John Stott escreveu no seu livro Cristianismo Equilibrado [7]:
Quando resistimos a mudanças- sejam elas na igreja ou na sociedade devemos perguntar-nos se são na realidade, as Escrituras que estamos defendendo (como é nosso costume insistir ardorosamente) ou, se ao contrário, é alguma tradição apreciada pelos anciãos eclesiásticos ou de nossa heranças cultural. Isto não quer dizer que todas as tradições, simplesmente por serem tradicionais, devam a qualquer custo ser lançadas fora. Iconoclasmo sem crítica é tão estúpido quanto conservantismo sem crítica, e é algumas vezes mais perigoso. O que estou enfatizando é que nenhuma tradição pode ser investida com uma espécie de imunidade diplomática à examinação. Nenhum privilégio especial pode ser-lhe reivindicado.
Algumas igrejas estão impondo mudança de costumes, isso é um erro, que sempre levará a exageros. Os costumes mudam naturalmente, mas devem seguir orientação para não levar a práticas antibíblicas. As igrejas sem orientação pastoral tem aderido a costumes extravagantes, como bailes funks em meio ao culto. Tudo deve ser feito com equilíbrio, nada de permissividade em excesso e nem de legalismo. A igreja, também, não pode impor "tabus comunais".  c) A doutrina é universal, o costume é local. A doutrina é universal no sentido que é para todos os povos em todas as culturas. Proclamar Jesus como Salvador faz sentido no Brasil em 2007, como para os indianos que foram evangelizados pelo apóstolo Tomé, o primeiro missionário daquela nação, ainda no primeiro século da Era Cristã. O costume é local. Os homens na Escócia usam um tipo masculino de saia. No Siri Lanka é, também, costume para homens a vestimenta com saias. Enquanto a saia, na maior parte do Ocidente, é uma roupa exclusivamente feminina. No Brasil é comum comer peixe cozido ou frito, mas no Japão se come peixe-cru. d) A doutrina santifica, o costume não santifica. A doutrina bíblica santifica o crente mediante a Palavra de Deus. Jesus disse: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). O ensino da Palavra de Deus, ou seja, das doutrinas bíblicas, é um dos meios que Deus usa para levar o crente a uma vida reta, assim como escreveu o salmista: “Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra”(Sl 119.9). John Henry Jowett disse: “Você não pode abandonar os grandes temas doutrinários e ainda assim produzir grandes santos”. O pastor A. W. Tozer escreveu: “O propósito que está por trás de toda doutrina é garantir a ação moral”. Por isso, é bom lembrar que a doutrina bíblica produz, naturalmente, bons costumes. O costume não pode santificar. Quem acredita na santificação por meio dos costumes, normalmente, é um escravo do legalismo. O pastor Antonio Gilberto escreveu a respeito dos erros em relação a santificação e citou o engano de associar exterioridade com santidade: “Usos, práticas e costumes. Esses últimos, quando bons, devem ser o efeito da santificação, e não a causa dela”[8]. E bem relevante o que escreveu o pastor Ciro Zibordi no prefácio do livro Verdades Pentecostais:
Conservar não significa possuir uma falsa santidade, fazendo dos usos e costumes uma causa, e não um efeito. Como pode ser ao longo dessa obra , a observância da sã doutrina leva-nos a ter santidade interna e externa, o que implica vida santa a partir do espírito (1Ts 5.23) e manutenção dos bons costumes. Estes, pois, não devem gerar doutrinas, como vem acontecendo em algumas igrejas não legitimamente avivadas, para prejuízo de seus membros. [9]
O farisaísmo se caracterizava por associar sua obras com salvação. Há muitos que fazem dos costumes “doutrinas” e, assim, pensam que para serem salvos precisam fazer isso ou aquilo. Como dizia Lutero: “As boas obras não fazem o homem bom; mas o homem bom pratica as boas obras”. A inversão dessa ordem cria escravos do farisaísmo e não servos do Altíssimo. e) A doutrina é um princípio, o costume é um preceito. Há diferença entre princípio e preceito? Sim. O pastor José Gonçalves escreveu: “Os preceitos apontam para princípios e não o contrário. Um princípio é aquilo que está por trás do preceito ou norma”[10]. Por exemplo, usar uma roupa social em um tribunal é uma norma, um preceito. O princípio ou doutrina por trás dessa norma é que o tribunal é um lugar sério e não ambiente de entretenimento, onde se possa ir de jeans ou short. f) A doutrina é verdade absoluta, o costume é uma verdade relativa. A doutrina é sempre verdade absoluta, ou seja, é para todos, em todas as épocas e em todos os lugares. O costume é relativo, como lembra Geremias do Couto:
Ao insistirmos nos absolutos, não queremos afirmar que não haja também conceitos relativos. Essa diversidade se manifesta, por exemplo, nas comidas típicas de cada país, nos estilos da arquitetura, no estilo da vestimenta e até mesmo em relação à hora de dormir, que depende do fuso horário. Mas tais circunstâncias relativas acabam apontando para princípios biológicos absolutos; todos precisam alimentar-se, todos precisam dormir. [11]
O costume, por ser relativo, não deveria ser imposto como obrigação. Era comum missionários europeus tentarem impor os costumes do norte em países da Ásia e da América. Hoje, o conceito de “transculturação” está ajudando muito em relação a esse problema. Há muitas outras diferenças entre doutrina e costumes, mas fica apontado que ambas não são a mesma coisa, porém estão ligadas. O bons costumes são aqueles que não escravizam o crente, colocando um jugo que Jesus tirou na cruz, mas sim, é resultado da boa doutrina.
 
Notas e Referências Bibliográficas: 1- HOLANDA, Aurélio Buarque de. Mini-Aurélio Século XXI Escolar. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2000. p. 190. 2- KURY, Adriano da Gama. Minidicionário Gama Kury da Língua Portuguesa. 1 ed. São Paulo: FTD, 2001. p.265. 3- ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 12 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 128. 4- Publicado pela CPAD(Casa Publicadora das Assembléias de Deus). 5- Prática de forjar o texto a fim de que justifique o pensamento próprio. Não confunda com exegese. 6- BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada. 3 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. p. 69. 7- Publicado pela CPAD (Casa Publicadora das Assembléias de Deus). 8- GILBERTO, Antonio. Verdades Pentecostais. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p 142. 9- ZIBORDI, Ciro Sanches. Idem, pp 3,4. 10- GONÇALVES, José. Voto de Nazireado, prática judaizante que despreza a doutrina da graça. Resposta Fiel, Rio de Janeiro, Ano 4, n. 12, p. 26, Jun-Jul-Ago/2004. 11- COUTO, Geremias do. E agora, como viveremos? Lições Bíblicas, Rio de Janeiro, p. 39, 4. trimestre de 2005.      

http://www.teologiapentecostal.com/2007/08/doutrina-usos-e-costumes.html

                                                                                                                                                                                                       

Postei o seguinte comentário na página do autor do texto, porque ele, está mesclando a teologia bíblica que é contrária aos ensinos bíblicos; e está sendo apoiado por todos os que são contra a doutrina bíblica da verdade, sobre a mudança da velha para a nova criatura, que não encontra mais lugar nas igrejas.

Comentário publicado no artigo do autor citado:

 

Fiz um outro comentário certa vez e o caro irmão não aprovou. Creio que também não vai  aprovar este ultimo, isto porque vai depender muito da sua maturidade cristã e pessoal.

Não vou dar a minha opinião sobre este seu artigo sobre usos e costumes porque já foi dito pelo irmão Pastor João Ribeiro.

Multidões são batizadas, mas, não nascem de novo; estes são os cristãos de vida dupla, ou seja, serve a Deus com os lábios, mas, não confessam com o coração.

Este seu ponto de vista doutrinário é típico da doutrina dos Nicolaitas, porque quer servir a Deus mas, não quer abandonar as práticas pecaminosas; e a Assembléia de Deus está naufragando nesta crise espiritual.

Por conta destes tipos de ensinos. E como disse o pastor que mencionei acima, quando a pessoa se torna uma nova criatura os hábitos e costumes dela mudam, caso contrário, ela apenas foi batizada, mas, não houve a conversão da vida do pecado para a nova vida de santidade, porque sem ela ninguém verá a Deus.

Portanto não é somente crer e ser batizado, porque o diabo também crê, mas, não obedece!

Se você gosta da teologia,  parabéns, eu também sou teólogo, sou formado pela metodista tenho oito anos de curso no meu currículo acadêmico, e te digo: não existe teologia pentecostal, há pouco tempo através foi que inventaram esta novidade. Um teólogo genuíno não crê nas profecias bíblicas, especialmente as do Livro do Apocalipse e de Daniel.

Estude teologia numa das melhores Academias, como a Metodista; Mackenzie ou a Batista que você vai saber o que estou afirmando, você se dará mito bem, já está bem encaminhado. Eu sou Assembléiano, nascido de novo há 32 anos, conheci, vivi e pratiquei os hábitos e costumes que defende ferrenhamente, que eu chamo de práticas mundanas, e se eu fosse dar crédito a esta sua teologia teria que me tornar um crente como antes de aceitar a Cristo como purificador da minha antiga vida profana e pecaminosa.

Para encerrar, analise os slogans e a simbologia usada na propaganda da ultima convenção das Assembléias de Deus, onde o ilustre Pastor Wellington foi reeleito presidente, elabore uma síntese e poste aqui na sua página sobre o que você entendeu.

Lá está explicita a espiritualidade dos mais importantes pastores assembléianos.

Esta sua teoria doutrinária liberal perto da teologia pastoral deles, não diz nada! Siga os conselhos dos homens que ainda não se deixaram se corromper, antes que se torne mais um deles.

Por Cornelio Dias. E que Deus te abençoe se publicar este comentário, e tem abençoe muito mais se reprovar, porque estarei orando por você, para Deus não deixar você cair no laço dos passarinheiros. Que Deus te abençoe em Jesus Cristo, pelo poder do Espírito Santo. Fim.

Temos que buscar o entendimento em como servir a Deus neste mundo secular sem ser co-participantes dos costumes seculares que desagradam aos olhos de Deus e aborrece o Espírito Santo.

Quando não temos ou é fraca a nossa visão espiritual estamos suscetíveis a ser influenciado, manipulado e dominado por ensinos desvirtuados conhecidos desde a Igreja Primitiva como "heresias" termo abolido das tribunas para dar credibilidade às vãs doutrinas desta era milenar da Igreja de Laodicéia!

Não se deixe enganar a não ser que lhe seja oportuno ser um cristão de vida dupla!