O sentido literal e espiritual da Ceia do Senhor

O sentido literal e espiritual da Ceia do Senhor.

 

A Ceia do Senhor é antes de tudo o símbolo da sua crucificação para remissão dos pecados do corpo e da alma da humanidade.   

 

Cornelio A.Dias

 22:13:29 - 21:04:18 

 

A Ceia do Senhor é a cerimônia mais profunda que um cristão pode celebrar, e o seu efeito é tão sublime que nos permite sentir o poder que emana dela para alma e o espírito; bem como um tipo de “estado flow” ou fisicamente uma sublimação metafóricamente expressando; é um tipo êxtase espiritual que é absorvido dela pelo nosso corpo. Esta sensação depende do nível da nossa espiritualidade; não é uma regra e nem todos percebem esta sensação de fluidez entre o corpo e a alma.

Se o cristão ao celebrar esta Eucaristia não consegue sentir esta energia que flui dela transitando entre o corpo, a alma e o seu espírito, isto necessariamente não significa de imediato que ele esteja morto espiritualmente.

Podemos estar com a alma suja pelo menor acumulo de pecado não confessado e arrependido; e sem nenhuma consciência de culpa diante de Deus participar assim desta eucaristia sacro-santa!

Um exemplo grave típico deste desta condição ficou registrada na atitude de Judas! Cristo não negou ao discípulo ao contrario foi ele o primeiro a participar para que fosse consumar o ato da traição!

Essa celebração é chamada de “Ceia do Senhor” em Mateus 26:26-28

E relata assim:  

 Mateus 26 26 Enquanto comiam, Jesus pegou um pão, deu graças, quebrou-o, e o deu aos seus discípulos, recomendando: “Tomai, comei; isto é o meu corpo”. 

27 Em seguida tomou um cálice, deu graças e o entregou aos seus discípulos, proclamando: “Bebei dele todos vós.

28 Pois isto é o meu sangue da aliança, derramado em benefício de muitos, para remissão de pecados.

29 E vos afirmo que, de agora em diante, não mais tomarei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o novo vinho, convosco, no Reino de meu Pai”. ...  

Vejamos que o próprio Jesus disse que seria derramado para o perdão de pecados. Porem depois da santificação do pão e do vinho, Judas foi o primeiro a participar da Ceia estando em pecado cuja conseqüência gerou outro ainda mais grave, o suicídio. 

Se levarmos em conta ou no sentido literal, se ao participarmos da Ceia do Senhor estando com a nossa vida secular plenamente desregrada estamos cometendo o tipo de suicídio espiritual! 

O pão, portanto, representava que o corpo perfeito que Jesus sacrificaria era sem pecado; muito embora todos os que participavam eram fisicamente pecadores, e isto difere muito; entre ser pecador e estar em pecado. 

Nos quando pecamos se logo após reconhecermos o nosso ato falho e nos arrependermos de coração seremos perdoados, e se pecarmos contra o nosso irmão; temos a obrigação de dirigirmos a ele e manifestar o nosso arrependimento, e sendo contra Deus através de alguma ação, é a Ele que devemos nos dirigir através da oração para alcançar o perdão. 

Paulo exorta os cristãos sobre como diferenciar o ato de comerem juntos com o ato de celebrar a Ceia. Estava tornando se hábito os discípulos ao se reunirem comerem como se estivessem celebrando a Ceia do Senhor, e que este era o motivo de alguns estarem fracos, doentes e dormindo, isto não fisicamente; mas, espiritualmente.  

 16 1 Coríntios 11 28 Examine, pois, cada um a si próprio, e dessa maneira coma do pão e beba do cálice.

29 Pois quem come e bebe sem ter consciência do corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação.

30 Por essa razão, há entre vós muitos fracos e doentes e vários que já dormem. …  

Os cristãos estavam tendo um comportando doutrinariamente contraditório conforme cita os versos a seguir:

 1 Coríntios 11 - 17 Apesar de tudo, não vos elogiarei quanto à instrução que passo a vos dar agora, porquanto as vossas reuniões produzem mal e não bem!

18 Em primeiro lugar, porque ouço dizer que há divisões entre vós quando vos reunis como igreja; e até certo ponto acredito que isso esteja ocorrendo. 

19 Todavia, se faz necessário que haja divergências entre vós, para que os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio. … 

Quando se reuniam na igreja havia entre eles dissensões e heresias, e isto lhos diferenciava para que os sinceros cristãos se manifestassem entre eles. 

Ou seja, neste tempo já havia divergência de opiniões e o surgimento de falsos ensinos entre eles, e a conseqüência final produzida por estes comportamentos e atitudes era que no final os sinceros se destacavam dentre os demais, e isto ainda ocorre até os dias atuais. 

O ponto em comum entre todos eram que na cerimônia da Ceia todos participavam unanimemente como se não houvesse ninguém indignamente comendo e bebendo o corpo e o sangue de Cristo para sua própria condenação por não discernirem espiritualmente o significa do Corpo do Senhor.  

Vemos que as igrejas padronizaram este estudo de Paulo como o texto bíblico para a liturgia da eucaristia, quando na verdade o texto bíblico está exortando os primeiros cristãos que eles não deveriam ser reunir para comer juntos como se estivessem celebrando a Ceia de Cristo; visto que por estarem famintos e sedentos alguns comeriam demais enquanto que outros se embriagariam pelo excesso de vinho. 

Se Paulo não tivesse exortado os cristãos o sentido espiritual da Ceia teria se esvaziado com tempo e provavelmente a Igreja hoje não saberia distinguir a diferença entre ajuntar se para comer diante do ato de reunirem para Cear. 

Isto estava acontecendo porque havia entre eles alguns grupos isolados porque estavam em dissensão quanto à doutrina reunindo se para comer como que se estivem cada grupo celebrando a Ceia do Senhor que era para ser em comum com todos! 

Paulo por exemplo não participou da primeira ceia com os discípulos na ocasião que culminou com a crucificação de Jesus porque ele só foi chamado para o ministério após a ressurreição de Cristo, portanto não poderia estar presente na santa ceia, mas depois por certo com os outros discípulos, participou das outras ceias, por que Jesus dissera: E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo; isto está registrado em: 

 Atos 20 6 E nós, depois dos dias dos Pães sem Fermento, navegamos de Filipos e, em cinco dias, nos encontramos com eles no porto de Trôade, onde ficamos por mais sete dias. Paulo ressuscita o jovem Êutico.

7 No primeiro dia da semana nos reunimos com a finalidade de partir o pão, e Paulo pregou ao povo. ...

Ainda em referencia ao estudo de Paulo em 1 Coríntios 11  20 algo muito interessante no ensino que Paulo nos chama a atenção, porque ele ministrou para os discípulos o seguinte: [...]  

 1 Coríntios 11 19 Todavia, se faz necessário que haja divergências entre vós, para que os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio.

20 Pois, quando vos reunis como igreja, não é para comer a Ceia do Senhor.

21 Porque, quando comeis, cada um toma antes a sua própria ceia sem esperar pelos outros. E, dessa maneira, enquanto um fica com fome, outro se embriaga.  

 [...] sabemos que se Paulo não estava com os discípulos na ocasião em que Cristo celebrou a Ceia; sendo assim, como pode ter ele ao ministrar o ensino aos irmãos descrever a cena da Ceia de Cristo junto com os discípulos? 

Vejamos a referência bíblica com destaque para o verso 26 em destaque a seguir: [...]

  28  Mateus 26 Enquanto comiam, Jesus pegou um pão, deu graças, quebrou-o, e o deu aos seus discípulos, recomendando: “Tomai, comei; isto é o meu corpo”.

27 Em seguida tomou um cálice, deu graças e o entregou aos seus discípulos, proclamando: “Bebei dele todos vós

O inicio do verso 26 afirma claramente que todos comiam, quando Jesus Cristo começou a celebrar a Ceia, isto quer dizer que os discípulos comiam antes da Ceia conforme relata Atos 20:

 6 E nós, depois dos dias dos Pães sem Fermento, navegamos de Filipos e, em cinco dias, nos encontramos com eles no porto de Trôade, onde ficamos por mais sete dias. Paulo ressuscita o jovem Êutico.

7 No primeiro dia da semana nos reunimos com a finalidade de partir o pão, e Paulo pregou ao povo. Planejando seguir viagem no dia seguinte, continuou falando até a meia-noite.

Diríamos que foi uma coincidência, porque os discípulos haviam se reunidos com Cristo para comer quando foram surpreendidos por Ele ao pegar um pão ázimo com certeza; embora a páscoa ainda seria no dia seguinte na sexta-feira, isto quer dizer que era justamente o que os cristãos estavam praticando quando foram exortados por apostolo. 

Eles estavam reunindo se frequentemente para comer e praticamente celebrar a Ceia na mesma ocasião, caso contrário Paulo não estaria exortando os irmãos apenas por alimentarem por ocasião de estarem apenas reunidos para alimentar; aparentemente não havia uma regra contra o ato de comerem juntos!    

Muito provável que Paulo tinha sido instruído por alguns discípulos a respeito de como foi a eucaristia da Ceia de Cristo com os discípulos, porque doutra forma estaria então o Espírito Santo falando através da sua voz!     

Foi a partir de então que os discípulos provavelmente decidiram reunir na segunda feira apenas para celebrar a Ceia após a Páscoa, visto que desta feita estariam sempre reunidos, mas, não para se alimentarem a fim de saciar a fome do corpo, mas, sim da alma; para manter viva nela a esperança de reencontrar com o seu Mestre. 

Este é o conceito real da celebração da Santa Ceia do Senhor. 

Portanto: o sentido literal significa: reunir se para comer o pão e beber o vinho como o símbolo do corpo de Cristo que foi partido entre nós, isto é ele foi dividido em pequenas frações para todo o homem que Nele crer como perdoador dos seus pecados, tê-lhos perdoados; enquanto que o seu sangue simboliza que a purificação da alma e por extensão; do corpo. 

O significado espiritual da aCeia do Senhor é: 

Que o seu corpo como foi profetizado seria e assim foi torturado até a morte para que o corpo dEle viesse ressurgir num outro corpo este imortal, e assim também suceder como o homem que então também de morrer uma vez ser ressuscitado em um novo corpo livre do dano da segunda morte, após a primeira; a morte física; e ser arrebatado ao céu como foi Cristo.  

Que o sangue de Cristo ao ser fluido do seu corpo viesse purificar a alma do homem para que ela pudesse voltar a habitar o segundo corpo santificado pelo sangue expiado por Ele e ressuscitar imortal; estando assim livre a condenação eterna, tanto dele o "corpo" bem como dela, a "alma". 

aEla é o símbolo concreto e consumado do sacrifício sofrido por Jesus Cristo que deu a humanidade a garantia plena dela ser liberta de tudo que pudesse vir impedir uma reconciliação plena com Deus através do perdão do pecado primeiro, a desobediência; por outrora Ele ter condenado todo o homem a morte eterna; por conta da perversão da sua natureza humana e espiritual original; para a pecaminosa, conforme disse o profeta:

Isaías 53 4 E no entanto, suas dores eram as nossas próprias enfermidades que ele carregava em seu ser. Sobre seu corpo levou todas as nossas doenças; contudo nós o julgamos culpado e castigado por Deus. Pela mão de Deus ferido e torturado. 

5 Mas, de fato, ele foi transpassado por causa das nossas próprias culpas e transgressões, foi esmagado por conta das nossas iniquidades; o castigo que nos propiciou a paz caiu todo sobre ele, e mediante suas feridas fomos curados.

6 Em verdade todos nós, tal como ovelhas perdidas, andamos errantes; cada ser humano tomou o seu próprio caminho; e Yahweh fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.…

O ponto crítico e difícil de ser compreendido porque advém da vontade de Deus é que poucos na humanidade desde que ela foi criada serão agraciados pela purificação do corpo e a santificação da alma de maneira involuntária a sua vontade, ou seja, ele será predestinado a salvação. 

Estes poucos serão os comporão a Igreja de Cristo s ser arrebatada. 

Os outros muitos terão que buscar a purificação do corpo e a santificação da alma de maneira voluntária, ou seja, ele tem o direito de escolher preparar se para ser salvo da segunda morte ou decidir correr o risco de passar a eternidade no lago de fogo e enxofre. 

Esta é uma afirmação Bíblica, não é de origem da concepção humana. 

Em suma: do todo; dentre os que nasceram após a crucificação de Cristo bmuitos serão chamados para voluntariamente obter este beneficio através da morte dEle na cruz representada pela Ceia, ou seja, é facultativo a opção de buscar a purificação do corpo e a santificação da alma para livrar da condenação da morte do corpo e da alma eternamente:

Mateus 22  12 E indagou-lhe: ‘Amigo, como adentraste este recinto sem as suas vestes próprias para as bodas?’ Mas o homem não teve resposta.

13 Então, ordenou o rei aos seus servos: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o para fora, às trevas; ali haverá grande lamento e ranger de dentes’.

14 Portanto, bmuitos são chamados, mas poucos, escolhidos!”  Dai a César o que é de César 

Enquanto que alguns poucos que se encontram caqui na terra não; estes serões santificados e purificados corpo e alma e arrebatados involuntariamente; ou seja, diferente dos apenas chamados; estes poucos não podem decidir por si só querer ou não por vontade própria livrar o corpo e a alma do morte eterna.

Está escrito assim:

▶ Mateus 1627 Mas o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então recompensará a cada um de acordo com suas obras. 

28 Com toda a certeza vos afirmo que alguns dos que caqui se encontram não experimentarão a morte até que vejam o Filho do homem vindo em seu Reino”.  

A Ceia pactua com as vestes espirituais para o encontro da Noiva e o Noivo; Cristo e a Igreja, pois ela representa a perfeição do corpo imortal despido das nuances maculadas da morte! 

Portanto: dai a Deus o que é de Cristo, a pureza ou de a antiga serpente o que lhe advém; o pecado. 

A polemica gerada em torno desta decisão de Deus é estudada como: livre-arbítrio para os que podem decidir voluntariamente o seu destino final, ou seja, este é o processo de salvação voluntária; enquanto que: predestinação é a definição para o processo da salvação involuntária. 

Esta é uma decisão divina, não se questiona. 

Se a salvação fosse totalmente voluntária ou plenamente predestinada pela vontade de Deus; também não cabe ao ser humano questionar! 

Portanto ela pode ser aceita por uns enquanto rejeitada por outros, isto não faz Deus ser desproporcional e nem parcial; visto que o sacrifício de Cristo na cruz foi pela humanidade; não para um grupo de privilegiados, embora assim questiona aqueles que não admitem que a realidade da salvação é voluntária e predestinada. 

Sintetizando: a Ceia do Senhor além dos significados literal e espiritual é acima de tudo uma aliança entre Deus e o homem, ou seja, é um pacto de sangue para que o homem seja redimido da natureza pecaminosa e mortal herdada no principio da criação e livre da condenação da morte eterna. 

Portanto: participar desta eucaristia litúrgica não significa estar livre da condenação, estar perdoado dos seus pecados e isento da morte eterna, mas, sim que ela foi vencida para que o homem pudesse ser novamente reconciliado com Deus pela eternidade. 

Minha concepção: a Ceia do Senhor poderia ser realizada na sua formalidade original, ou seja, uma vez por ano, seja como foi a de Cristo; um dia antes ou no primeiro depois da páscoa; onde todos os membros da igreja reunissem se para um jantar, e antes, durante ou depois ela fosse celebrada. 

De preferência que confessemos os nossos pecados peculiares para Deus, seja contra Ele e ao nosso irmão, para que a santidade real do Corpo e do sangue de Cristo possa atuar diretamente espiritual e fisicamente na alma e corpo; sem esta condição ela é sacrilégio e não um sacramento sacrossanto! 

Quanto à freqüência com que ela deve ser ministrada é um critério livre de cada denominação, desde, que haja uma anualmente oficial! 

Fica ai a minha sugestão para compartilharem com a liderança das vossas igrejas!     

Em Yeshua!

Sincero Shalom!  

 

"Feito perfeito, é imperfeito; como criação, o meu eu; natureza humana!" C. A. Dias.