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A santificação sob a perspectiva da bíblia-introdução: Aqui |
Eu costumava pensar que traição era um erro de definição absoluta sobre o caráter de alguém que:
(a) não me amava nem um pouco
(b) não me respeitava
(c) agia por sadismo
(d) era uma criatura tão sexual que não valia a pena receber minha atenção “evoluída”, capaz de entender que os nós de um compromisso nem sempre são fachadas sociais, mas sim um diálogo onde ambos mostram vulnerabilidades em plena confiança e que o simples badalar dessa virtude cria um medo congelante de toda essa construção ter sido baseada em mentiras.
Só que a gente cresce e percebe que nem tudo é maniqueísta. Claro que traição é algo muito idiota de se fazer, mas em casos onde isso acontece pela primeira vez, por exemplo, é também algo para ser conversado, estudado e resolvido em conjunto.
Então antes de tomar uma atitude drástica e espancá-lo numa festa (eu fiz isso), jogar a aliança de vocês da janela do carro (também fiz), rasgar as roupas dele ouvindo “Holocene” da Bon Iver (eu de novo), e ameaçar dar o notebook dele para o primeiro estranho que passar como uma analogia à sua real vontade de se despir para qualquer pessoa por vingança autodestrutiva (estou morrendo de vergonha, mas sim, sou eu de novo), leia este artigo e respire profundamente antes do derradeiro “vá embora e leve seus paninhos de bunda contigo”.
Porque se você não tiver ao menos 90% de certeza de que está seguindo sua intuição,respeitando seu emocional, sua racionalidade, e tratando com justiça alguém que aparentemente não merece, é você quem vai terminar no chão da cozinha com as costas na geladeira chorando com Alanis Morissette.
Não falo por experiência própria.
Mentira, falo sim.
Não somos cálculos matemáticos fáceis de padronizar, pois mesmo que parecidos, cada caso é um caso. Só que há tendência maior em pessoas com baixa autoestima (nem sempre assumida conscientemente) que necessitam da aprovação de terceiros para se afirmarem sobre quem são — geralmente quem os atrai —, ou hipersexualidade que se apresenta num rompante aventureiro que pode vir com uma considerável e imediata carga de culpa. São mil razões, mil desculpas, mil (des)cargas culturais e muita paciência para entender a cabeça — e genitálias — do ser humano.
Não! É por isso que uma conversa honesta precisa acontecer! Existe quem traia constantemente, até contra a própria vontade — se permitindo levar por impulsos — enquanto outros o fazem por vaidade — e são capazes de mentir sentimentos para conseguirem o que quiserem, inclusive retornar num relacionamento sério enquanto comem pelas bordas do prato —, mas existem “acidentes” que no mínimopodem se tornar ótimas lições.
Converse e tente entender com a pessoa o porquê dessa traição ter acontecido. Exagerou no álcool e se entregou à vibe do ambiente? Talvez seja melhor maneirar nos entorpecentes e mudar de ares na hora de escolher uma festa. Houve traição por raiva causada de alguma briga ou insatisfação? Conversem sobre o que vocês poderiam fazer juntos para ficarem satisfeitos e não deixar que isso ocorra novamente. É através do diálogo que o melhor julgamento será feito, seja para uma nova tentativa ou término permanente.
Nenhuma atitude séria deveria ser tomada no calor do momento — e o melhor exemplo disso é o motivo da briga: alguém que se deixou levar por instintos básicos e destrutivos dentro da percepção de compromisso.
Você vai sentir muito rancor, ódio, e toda admiração ou encanto pela pessoa vai cair em ruínas quando você sentir uma dor física que nunca sentiu. As pessoas falam que o amor está no coração por isso: é nele que você vai sentir as primeiras fisgadas. Vai perder o ar, o sangue vai correr mais rápido que o Flash e você vai ter sensações de desmaio, de estar fora da realidade e de que isso é tão surreal que não pode estar acontecendo. Depois que se dobrar sobre a própria barriga tentando acalmar essa “cólica no peito”, você vai chorar como nunca chorou antes. Depois disso só existirá vazio. Frio.
Quem traiu vai pedir desculpas e explicar motivos, mas você não acreditará em uma palavra, mesmo que lá no fundo seu maior desejo seja apagar a memória dos dois e voltar de onde estava tudo ótimo. Mas a merda aconteceu e você vai precisar pesar se uma segunda chance vai fazer bem aos dois, se você consegue confiar na pessoa de novo e, principalmente, se esse erro que vocês tomarão como lição não será usado como arma em momentos de crise.
Se você não se sentir madurx o suficiente para evitar que sentimentos mal-resolvidos venham à tona por brigas que não tenham a ver com esse passado, não volte para a pessoa agora. Peça tempo. Digira e reconsidere o que você quer, e peça para a pessoa fazer o mesmo. Diferente e muito saudável de usar esse acontecimento como aparelho de tortura é admitir que você tem medo, que está com o coração magoado e que tem vontade de arrancar os olhos da pessoa com a colher de pegar sorvete. Honestidade é tudo e o tempo é o pricipal agente na hora de absorver o ocorrido para transformá-lo em passado.
Desde que quem traiu não faça ainda mais merdas…
É sim. Como eu disse, uma resposta sexual ou de impulso pode estar ligada à insatisfação de quem traiu com elx mesmx, não correspondendo ao tamanho do sentimento por você — assim como o cenário inverso também é possível, mas acredito que você tenha percepção suficiente para separar Harry Potter de Percy Jackson. O que pisoteia sem pena é saber que quem traiu nutre amor por você e “preferiu” arriscar esse amor e compromisso por seis segundos de orgasmo e doze pentelhos na boca. Mas que é possível te amar, é possível sim.
(a) quando a traição ocorre mais de uma vez, mesmo que a pessoa prometa não fazer de novo;
(b) quando você sente que precisa voltar com a pessoa por carência ou por achar que nunca mais sentirá amor ou desenvolverá intimidade com ninguém. Acredite, você vai encontrar tudo isso numa versão melhorada, mesmo que demore um bocadinho;
(c) quando você se percebe num relacionamento abusivo onde você sempre termina como a pessoa errada e, pior, ainda concorda com isso — assista esse vídeo até o fim;
(d) quando o outro caga para seus sentimentos, não pede desculpas, demonstra total desinteresse e você aceita esse silêncio como “dificuldade em se expressar”, oferecendo desculpas por elx, que justificam uma atitude que você não entendeu, liberando o peso do ato de cima da pessoa sem ela demonstrar qualqueresforço.
(e) quando você não consegue sentir nada além de ira. Deixe o tempo correr. É a melhor opção e quem sabe no futuro vocês não se reencontram em versões melhoradas — ou realmente crescem para explorar outras maneiras de viver?
Amigos e parentes vão ficar do seu lado e realmente querem ajudar, mas siga sua intuição e racionalidade para tomar uma decisão que independa da aprovação deles.Ninguém sabe como é seu relacionamento com a pessoa além de você e ela! Quando envolvemos terceiros em nossos namoros, devemos explicações sobre atitudes porque esses terceiros se preocupam conosco, mas seu receio em tomar uma atitude que não condiz com sua real vontade por causa deles NÃO É LEGAL! Assim como não é legal que essa atitude seja baseada completamente na vontade dx seu/sua parceirx.
Seja fiel a você. Ame a você antes de amar qualquer um e não se subjugue por nenhum relacionamento. Amor é soma, mesmo com um ou outro tropeço. Se você se sente mais infeliz que outra coisa, talvez seja mesmo hora de dar tchau.
Na dúvida tenha sempre chocolate em casa.
http://sossolteiros.bol.uol.com.br/vale-a-pena-perdoar-traicao/
Que o texto é muito bom, ninguém duvida.
Escolhi postar este artigo aqui apenas para traçar um diminuto paralelo; nada contra o autor, nem sobre a exposição das suas idéias; apenas para expor algumas questões pelo meu viés crítico cujas são: Quem já foi traído? Quem já traiu? O que é trair? E: quem trai? Minha teoria é a seguinte: Traição não possível ocorrer onde há envolvimento íntimo, entre casal ou um par, isto eu chamo de "infidelidade". Um dos pares insatisfeito com a performance do outro pode, aventurar na calada, e o relacionamento pode até durar até o fim. A traição; é muito mais profunda, ela envolve pessoas sem o elo íntimo, e ocorre em relacionamento de cumplicidade, de confiança, independente dos sexos dos envolvidos e onde não há desejo ou atração física. Um triangulo amoroso é um caso de infidelidade. A traição é o ato de agir com malícia ou maldadade premeditada afim de ferir e matar uma amizade sólida destruindo a confiança e a estima construida por longos anos, por algum interesse mesquinho e meramente egoísta. Defendo que traição e infidelidade são ações distintas entre sí pelos seus modus operandi; a ausência na primeira e presença na segunda, da conjunção carnal entre os envolvidos. Não havendo conjunção é traição; portanto ela ocorre entre sexos iguais ou distintos.
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Assista o vídeo