Reunião começou neste sábado (14/06) em Santa Cruz, leste da Bolívia. No domingo, grupo deve assinar documento com novos compromissos.
A cúpula do G77, que reúne países em desenvolvimento e a China, começou neste sábado (14) em Santa Cruz, leste da Bolívia. As discussões devem priorizar a criação de uma "nova ordem mundial", mais equilibrada e pela busca de uma maior cooperação
A cúpula seria inaugurada na tarde deste sábado (14) pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, quando o bloco de 133 nações em desenvolvimento, criado em 1964, com 77 países, completa 50 anos. Quase dois terços das nações do mundo comparecem ao encontro, que culmina no domingo, com a assinatura de um documento que deve ser o primeiro esboço de uma agenda pós-Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
"Viemos com a expectativa de que esta cúpula ouça a voz dos povos do sul, sua luta por desenvolvimento econômico sustentável e justo, e por uma nova ordem econômica mundial", disse o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao chegar a Santa Cruz.
Maduro e seus pares Evo Morales, Raúl Castro (Cuba) e Rafael Correa (Equador), entre outros chefes de governo, participaram com o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, de um encontro com os movimentos sociais em um estádio de Santa Cruz.
Um pronunciamento do grupo, consensualizado em reuniões prévias na ONU, citará, no domingo, os novos compromissos na luta contra a pobreza e a desigualdade, pelo desenvolvimento sustentável, pela soberania dos recursos naturais, pela defesa de um comércio justo, e pela transferência de tecnologia, entre outros aspectos, adiantou o governo boliviano, neste ano na presidência do G-77.
Também se espera que a cúpula defenda a construção de uma nova ordem, que reflita o surgimento de novas potências mundiais, com maior equilíbrio e menos desigualdades sociais.
Quando pactuaram os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no ano 2000, as nações da ONU se comprometeram com metas como reduzir à metade o número de pessoas que vivem na extrema pobreza antes do fim de 2015. Segundo a organização internacional, o cumprimento da meta está longe de ser concluído.
Outras metas incluíam garantir o acesso à educação primária, a igualdade para as mulheres e meninas, a redução da mortalidade infantil e materna, e facilitar o aceso à água potável.
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