7 tecnologias sinistras do livro "1984" que são uma ameaça na atualidade
1984 é um romance distópico clássico do autor inglês Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudônimo de George Orwell. Publicado em 8 de junho de 1949, retrata o cotidiano de um regime político totalitário e repressivo no ano homônimo. No livro, Orwell mostra como uma sociedade oligárquica coletivista é capaz de reprimir qualquer um que se opusera ela. A história narrada é a de Winston Smith, um homem com uma vida aparentemente insignificante, que recebe a tarefa de perpetuar a propaganda do regime através da falsificação de documentos públicos e da literatura a fim de que o governo sempre esteja correto no que faz. Smith fica cada vez mais desiludido com sua existência miserável e assim começa uma rebelião contra o sistema.
O romance se tornou famoso por seu retrato da difusa fiscalização e controle de um determinado governo na vida dos cidadãos, além da crescente invasão sobre os direitos do indivíduo. Desde sua publicação, muitos de seus termos e conceitos, como “Big Brother”, “duplipensar” e “Novilíngua” entraram no vernáculo popular. O termo “Orwelliano” surgiu para se referir a qualquer reminiscência do regime ficcional do livro. O romance é geralmente considerado como a magnum opus de Orwell.
Lançado em 1949, o livro “1984”, do escritor inglês George Orwell, é considerado até hoje uma das grandes obras premonitórias da literatura. Muito do que foi escrito na obra de ficção científica futuramente se tornou realidade de forma assustadora. O termo “Big Brother”, por exemplo, que hoje é associado a um reality show, nasceu nas páginas do livro de Orwell. Pensando nisso, o site Dvice preparou uma lista com sete tecnologias nascidas nas páginas do romance do escritor inglês e que, mais de meio século depois, ainda se constituem uma ameaça à privacidade e podem ser consideradas uma forma de controle social.
Teletelas espiãs
Em “1984”, quase todos os ambientes contavam com um dispositivo chamado “teletela”, que nada mais era do que uma espécie de TV que, de um lado, enviava imagens de propaganda para quem estava assistindo a ela e, de outro, servia como um instrumento de espionagem, captando tudo aquilo que a audiência estava fazendo.
(Fonte da imagem: iStock)
Os televisores da atualidade não são espiões tão ativos quanto os descritos no livro, mas, se levarmos em consideração os tablets e notebooks, todos com suas câmeras embutidas, temos a sensação iminente de estarmos sendo vigiados. Além disso, recebemos mensagens publicitárias a todo instante e por todos os meios.
O Big Brother está de olho em você
Na obra literária, quem está por trás de todo esse controle é um “Grande Irmão”, conhecido como Big Brother. Essa “entidade superior”, na época, servia como uma metáfora de controle do governo sobre tudo aquilo que a população fazia.
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Nos dias de hoje, na maioria das vezes não são os governos os grandes vilões, mas sim as corporações. Redes sociais e serviços de busca têm um controle total e absoluto sobre tudo aquilo que você pesquisa na internet. Essa informação pode ser usada contra você, criando novas ferramentas “viciantes” que possam induzi-lo a comprar mais ou passar mais tempo diante da tela do PC. A polícia do pensamento
Se por qualquer razão alguma coisa fugisse do controle do Grande Irmão, ele poderia contar com uma série de aliados para denunciar pessoas que tivessem feito alguma coisa errada ou contra o sistema. Era a chamada polícia do pensamento.
(Fonte da imagem: iStock)
Com câmeras de vigilância em todos os lugares, hoje é praticamente impossível fazer qualquer ação sem que alguma imagem sua seja gravada em algum lugar. Repare em quantos acidentes de trânsito, por exemplo, você viu nos últimos anos que, na hora de descobrir quem era o culpado, alguma imagem de câmera de segurança acabou sendo encontrada e denunciou o infrator. Estamos sendo vigiados em todos os lugares.
“Novilíngua”, a nova língua mundial
Para controlar a história, o governo criou uma nova língua mundial, substituindo palavras como “maravilhoso” e “esplêndido” para “bom mais”, fortalecendo assim a chamada “novilíngua”. Hoje, não podemos afirmar que exista necessariamente uma forma de controle sobre a língua, mas sabemos que as redes sociais e, principalmente, as mensagens de texto mudaram a forma como escrevemos.
(Fonte da imagem: iStock)
Assim, c vc escreve de frma resumida nos sms, já dev ter percebido q, em alguns casos, qndo escreve de frma correta é visto com desconfiança por outras pessoas. A nova língua mundial da internet é recheada de expressões como “LOL” e “OMG”, e não entender qualquer uma delas pode significar a sua “exclusão” da vida digital.
Controle do passado, do presente e do futuro
“Quem controla o passado controla o futuro. Quem controla o presente controla o passado”. Um dos lemas políticos lançados no livro mostrava que alguns personagens passavam os dias modificando registros históricos em jornais e livros, modificando assim a história.
Boa parte das informações que consumimos hoje vem de fontes online que, nem sempre, são muito confiáveis. A Wikipedia, por exemplo, pode ser editada por qualquer pessoa, e a alteração de um detalhe histórico pequeno pode passar despercebida por muitos leitores, sendo levada adiante como verdade.
Privacidade nas compras? Não, obrigado!
Quantas vezes por dia você paga as suas compras em dinheiro? Certamente, se você mora em uma grande cidade, na maioria das vezes você utiliza o cartão de débito ou de crédito para efetuar as suas compras. Todas essas transações, quer você queira ou não, deixam um rastro que pode dizer muito sobre a sua personalidade.
(Fonte da imagem: iStock)
Esse aspecto pode também ser encarado com uma alusão à obra de George Orwell, já que em
“1984” as pessoas tinham as suas compras limitadas, podendo dispor de apenas alguns itens
de extrema necessidade e descartando alguns supérfluos. A tecnologia NFC promete diminuir
ainda mais o uso do papel moeda nas transações.
Teletelas nas ruas
Se dentro de nossas casas as televisões, os tablets, os notebooks e os PCs se encarregam de
nos trazer mensagens publicitárias, nas ruas o mesmo já acontece. Grandes painéis de
propaganda, em alguns casos animados, servem como grandes transmissores de informações,
o que nos induz a adquirir mais produtos.
(Fonte imagem: Reprodução/Kersaber)
No mundo criado por George Orwell, essas mensagens eram recheadas de propagandas de guerra, mas o conteúdo, nesse caso, não importa muito. No final das contas, estamoscondicionados a receber informações 24 horas por dia e sentimos falta quando isso não acontece.
http://www.dvice.com/archives/2012/06/1984-tech.php
7 tecnologias sinistras de Orwell 1984 que ainda são uma ameaça