Conceitos:
Do teólogo:
O conceito teologia é derivado da união de dois termos: Teo = Deus e Logia = Estudo e ou [ciência]; no sentido literal, é o estudo sobre Deus, do grego θεóς, theos, [Deus]; e λóγος, logos, [palavra,] por extensão, estudo.
A teologia como estudo, ela busca compreender a relação entre Deus e o homem, pode se dizer que ela estuda esta relação ambígua.
Afirmar que a teologia é a ciência ou estudo que estuda a Deus, Deus não deixa conhecer ou se revelar por estudo para o homem que é um ser limitado. Afirmar isto é demonstrar ignorância teológica [falta de conhecimento de causa] ou má formação acadêmica se for graduado
A teologia não é capaz de definir nada sobre Deus, o que sabemos sobre é aquilo que Ele deixou ser registrado na Bíblia e o que aprendemos durante uma vida de relacionamento com Ele através da fé.
O restante é pura especulação teológica bíblica. Um exemplo clássico disto é o fato de a teologia nos departamentos de ensino superior, formar um teólogo com a concepção de que todo o Livro de Apocalipse já se cumpriu e encerrou-se após a queda do templo de Salomão em 70 D.a.C, o segundo erro gritante, é o que acontece com o Livro de Daniel, onde se ensinar que todas as profecias contidas neste livro foram cumpridas no contexto histórico do profeta.
Outra discrepância e a de que o Livro da Bíblia não deve ser interpretado literalmente visto todo o seu conteúdo é simbólico e a sua linguagem é baseada em metáforas, e esta linha de concepção teológica corrobora para a formação da crença de que o Reino de Deus na terra é o contexto histórico de Cristo até o atual [Séc. XXI] e que Deus irá ao final deste Reino, não se sabe quando porque não há indícios bíblicos, [conceito da teologia] julgar as nações.
A teologia não confirma as duas vindas de Cristo, e nem que Ele irá governar por 1000 anos aqui na terra a partir de Jerusalém.
A teologia consegue encontrar erros na Bíblia, por isto a maioria dos teólogos decide fazer as suas exegeses através das cópias existentes dos textos originais em grego e em hebraico para poderem firmar as suas opiniões e confissão da fé cristã.
Isto pode ser verificado pelo seminarista logo no primeiro semestre do curso de bacharel em teologia, nas melhores universidades ou faculdade de teologia do Brasil, das quais se concentram no Estado de São Paulo.
A teologia também não coaduna com a fé cristã pentecostal. Os Pais da Igreja não os discípulos e primeiros apóstolos, mas, sim os teólogos renomados dos três primeiros séculos d.a.C.
O berço da teologia é o protestantismo e o catolicismo. Uma teologia pentecostal genuína não existe, e a que afirma ser, no sentido acadêmico é uma adaptação de grade teológica baseada na Confissão de Fé acrescida de alguma disciplina criada pelo segmento cristão pentecostal e acrescida à teologia tradicional [ptt].
O termo Teologia foi usado pela primeira vez por Platão, no diálogo A República, mas, isto contraria a teoria de que ela [teologia] é uma ciência oriunda da filosofia, pelo termo ter sido cunhado por Platão, que defendeu ser a filosofia a ciência primeira, cuja, estuda o pensamento ou a forma de pensar, hoje, na minha definição, como pensar o pensamento.
Cabe ressaltar que a Filosofia é empírica e a Teologia é Metafísica, considerando-se os seus objetos de estudo. Portanto é importante ratificar que as duas ciências são distintas entre si, então por conseguinte, não há ligação alguma entre ambas, além do fato da teologia ter sido praticada nas políticas dos antigos reinos, muitos séculos antes de Platão pelos hebreus nos primórdios do Antigo Testamento.
Outra discrepância visivel dá se pelo fato das definições, palavra Filosofia vem do grego e em sua etimologia, aborda o significado sintético: philos ou philia que quer dizer amor ou amizade; e sophia, que significa sabedoria; ou seja, literalmente significa amor ou amizade pela sabedoria. Há quem traduza "philos" por filho, e define a filosofia como "filho da sabedoria". Mais uma divergência, o berço da filosofia é o grego, o da teologia é judeu, estas são provas suficientes para evitar e frustrar a tentativa de querer subordinar uma a outra, conforme a ciência e a vaidade exarcebada dos especialistas nas duas linhas do pensamento científico.
A teologia era praticada nos primórdios da antiguidade, prova disto é o exemplo de José ter sido conselheiro do Rei e depois nomeado governador.
Em outras eras posteriores muitos reinados adotaram esta pratica de escolher um profeta ou alguém com conhecimento exímio sobre o Deus dos judeus para ser assessor político e pessoal do Rei. Portanto nem tudo que afirma pode ser provado.
Acadêmico:
Literalmente é o estudo sobre Deus. Como toda ciência tem o seu objeto de estudo, a teologia este é Deus. Como não se pode estudar diretamente Deus como um objeto cientifico, que não vê e não toca, estuda-se então Deus a partir da sua revelação, ou, em termos seculares sobre Ele, conforme as representações nas variadas culturas.
No cristianismo, isso se dá a partir da revelação de Deus na Bíblia. O conceituado teólogo suíço Karl Barth definiu a Teologia como sendo um "falar a partir de Deus".
O termo Teologia foi usado pela primeira vez por Platão, no diálogo A República, para referir-se à compreensão da natureza divina de forma racional, em oposição à compreensão literária própria da poesia, tal como era conduzida pelos seus contemporâneos. Mais tarde, Aristóteles empregou o termo em numerosas ocasiões, com dois significados:
Teologia como o ramo fundamental da ciência filosófica, também chamada filosofia primeira ou ciência dos primeiros princípios, mais tarde foi chamada de Metafísica por seus seguidores;
A Teologia como denominação do pensamento mitológico é imediatamente anterior à Filosofia, com uma conotação pejorativa, e, sobretudo utilizada para referir-se aos pensadores antigos não filósofos como por exemplo, Hesíodo e Ferécides de Siro – 600-
Agostinho adotou o conceito Teologia Natural orieundo da obra Antiquitates rerum humanarum et divinarum, de Marco Terêncio Varrão, em latim Marcus Terentius Varro; Rieti, península Itálica, 116 a.C. - 27 a.C., filósofo e antiquário romano de expressão latina, como única teologia verdadeira dentre as três apresentadas por Varrão: a mítica, a política e a natural.
Acima desta, situou-se a Teologia Sobrenatural [theologia supernaturalis], baseada nos dados da revelação e, portanto, considerada superior.
A Teologia Sobrenatural, situada fora do campo de ação da Filosofia, não está subordinada a esta, mas, acima dela última e considerada como uma serva [ancilla theologiae] que ajudaria a primeira na compreensão de Deus.
A Teodicéia, termo empregado atualmente como sinônimo de Teologia Natural, foi criado no século XVIII por Leibniz, como título de uma de suas obras chamada Ensaio de Teodicéia. Sobre a bondade de Deus, a liberdade do ser humano e a origem do mal, embora Leibniz utilize tal termo para referir-se a qualquer investigação cujo fim seja explicar a existência do mal e justificar a bondade de Deus.
Na tradição cristã [agostiniana] a teologia é organizada segundo os dados da revelação e da experiência humana. Esses dados são organizados no que se conhece como Teologia Sistemática ou Teologia Dogmática.
A Teologia influenciou as mais diversas religiões surgindo a partir de então as: Teologia Budista, Teologia Islâmica, Teologia Católica, Teologia Mórmon, Teologia Pentecostal, Teologia Espírita, a Hindu e outras.
Revisão Julho 22-2016
Em Cristo.
Shalom.
Por Cornelio A.Dias
"Feito perfeito, é imperfeito; como criação, o meu eu; natureza humana! C. A. Dias.
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