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A santificação sob a perspectiva da bíblia-introdução: Aqui |
O que é a Igreja?
Cornelio A.Dias
14:40:01-01:03:18
Introdução
Sinopse:
O objetivo principal desta pesquisa é apresentar um estudo com a finalidade de servir como um instrumento básico, para instruir as lideranças das Igrejas Locais, sobre como gerir a Igreja de forma conveniente, priorizando o seu desenvolvimento espiritual e viabilizando o seu crescimento secular. Servindo como ferramenta de trabalho do Pastor, é importante saber que o seu manuseio deve corresponder com a ótica da sua visão sobre o ministério que exerce e qual é a sua importância no meio em que está inserido; o progresso da Igreja é relativo à evolução do seu gestor; porém não é uma regra, visto que a Igreja é dinâmica e isto se dá por intermédio de um conjunto de fatores lógicos que envolvem o líder, o publico interno e a comunidade.
O verdadeiro líder deve atribuir a estabilidade da Igreja, ao Espírito Santo e isto requer um caráter de humildade, o seu grau de intelectualidade e o seu nível de conhecimento profissional, espiritual e teológico, são ferramentas adicionais necessárias, que o portador tende a disponibilizar espontaneamente para um melhor rendimento e desempenho satisfatório nas suas atribuições cotidianas, na gestão estrutural da Igreja para a expansão do Reino de Deus. Para uma gestão eficaz é sensato crer que não existe uma fórmula exata de planejamento e gerenciamento, ou uma linha de pensamento teológico-filosófica definida com regra geral.
O desenvolvimento e a expansão de uma Igreja não se aplica somente sobre a habilidade ou técnicas especiais utilizada pela sua liderança; principalmente nesta era atual em que a Igreja Local está mais institucional que clerical; cujo objetivo principal da sua finalidade que lhe foi outorgada, que é a de propagar o genuíno Evangelho do Reino para a salvação da humanidade, não tem tido o seu foco centrado para esta direção; e é facilmente perceptível a preocupação com interesses secundários como, por exemplo, a aplicação de recursos humanos e financeiros na gestão secular com prejuízo do espiritual que deveria ser a sua missão integral.
O que é Igreja
Sinopse:
Definição com base na Teologia Sistemática: O significado da palavra Igreja no original grego é εκκλησία (ekklesia), escolhida pelos autores da Septuaginta, a tradução grega da Bíblia hebraica, para traduzir o termo hebraico q (e) hal Yahveh, usado pelos judeus para designar a assembléia geral do "povo do deserto", reunida ao apelo de Moisés; também e significa "tirado para fora". No latim, Igreja (ecclesia) é uma instituição religiosa cristã separada do Estado.
A etimologia da palavra grega ekklesia é composta de dois radicais gregos: ek que significa para fora e klesia que significa, chamados, no texto bíblico, no "Novo Testamento", a palavra Igreja aparece por diversas vezes, sendo utilizada como referência a um agrupamento de cristãos e não a edificações ou templos, nem mesmo a toda comunidade cristã em alguns momentos.
Em Mt: 18:15-17, encontramos as seguintes palavras de Jesus: "Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, terás ganhado teu irmão; mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. Se recusar ouvi-los, dize-o à Igreja; e, se também recusar ouvir a Igreja, considera-o como gentio e publicano”, na qual a Igreja se refere ao grupo de cristãos a que pertençam tais irmãos.
Cabe a Igreja administrar o dinheiro do dízimo, construir os seus templos, ordenar os sacerdotes além de ensinar para seus membros a sua interpretação através da hermenêutica bíblica. Igreja também pode significar um templo cristão, por exemplo, Igreja Presbiteriana, Igreja Metodista Livre.
É o Corpo de Cristo, (vivo) - a Igreja de Cristo, enquanto templo, é o prédio onde á Igreja, o Corpo de Cristo se reúne.
A Bíblia, a regra de fé do cristão, mostra a Igreja como senão pura, imaculada, separada e fundada sobre a Rocha (Cristo), conforme Mateus 16.15-18, leia as passagens paralelas sobre a Rocha, em Deuteronômio 32.4,18, entre outras. No contexto bíblico, o termo Igreja pode designar reunião de pessoas, sem estar necessariamente associado a uma edificação ou a uma doutrina específica.
Embora tentam distorcer a declaração de Jesus, a estes, o próprio Deus responde: "... Não há outra Rocha que eu conheça", Is: 44:8. O Apóstolo Pedro é tido como a pedra de esquina pelo catolicismo romano, diz a estes: "Se é que já provastes que o Senhor é benigno: E, chegando-vos para ele - pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa", l -Pe: 2:3-4.
Tirada do mundo pelo sangue do Cordeiro - "... a Igreja de Deus, que ele resgatou com o seu próprio sangue", At: 20, 28, ela é também purificada no sangue do Cordeiro... , e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado ", e os seus membros”.Não são do mundo, como eu do mundo não sou “, Jo: 17.16”.
1. 1 - BASE BÍBLICA SOBRE A IGREJA:
A Igreja foi fundada sobre Cristo – Mt: 16:15-18;
No seu sangue – At: 20:8;
Na Rocha – Dt: 32:4, 18; Is: 44: 8 e I Co 3:10-11;
Cristo é a Cabeça da Igreja – Ef: 5:23;
É santa (separada) – Ef: 5:27;
É sustentada por Cristo – Ef: 5:29;
É universal – Ap: 5:9.
1. 2 - A FUNDAÇÃO DA IGREJA E A SUA DIVISÃO:
A fundação da Igreja tem sua data de inicio supostamente provável se buscarmos referenciais bíblicos, porém a sua primeira divisão é uma avaliação uma tanto subjetiva pode ser um raciocínio plausível, por ser inexato bem como pode ser uma falácia e não estão diretamente ligadas com a Bíblia.
A fundação da Igreja é um assunto decerto modo complexo e não temos autoridade para falar sobre ela com certeza e não é comum encontrar respostas entre os historiadores, há dados históricos sobre a origem da Igreja em Roma.
O Novo testamento não faz nenhuma referência, para Irineu, os fundadores foram Paulo e Pedro, mas não há nenhum registro que apóie esta versão, é também aceitável a tradição de um escritor que viveu no século IV d.C, que era membro da Igreja Romana; segundo ele uma comunidade eclesiástica havia aceitado a fé de acordo com o tipo judaico, sem ter a participação de algum apostolo mais conhecido da época.
Há uma suposição histórica bem provável de que os que estiveram em Jerusalém, no dia de Pentecostes que fizeram parte dos três mil convertidos, foram para e eles fundaram a primeira Igreja dos seguidores de Jesus Cristo; mas existe ainda uma outra tradição histórica de que havia em Roma uma colônia de quarenta mil judeus descendentes dos chamados libertos, eles haviam sido trazidos como escravos para Roma pelo imperador Pompeu.
Depois foram libertos e organizaram sinagogas na cidade. Parte destes judeus voltou para a palestina e a outra parte permaneceram em Roma tornando se os seguidores de Cristo. Naquela época era comum a viagem entre Jerusalém e Roma o que deu um ímpeto na expansão do evangelho entre judeus e romanos.
De qualquer forma, não querendo ser precipitado e exaustivo, posso analisar alguns elementos, com fundamentos plausíveis que explica esta teoria com certa coerência.
A composição da Igreja nos seus primeiros anos de fundação era semelhante, a Igreja em Roma era tipicamente judaica e semelhante à Igreja em Jerusalém: os crentes se reuniam todos os dias, de casa em casa, para oração e instruções acerca da nova fé, e, no entanto, o Cristianismo fez tantas invasões dentro da fé judaica tradicional que, depois de alguns anos, levantou-se um verdadeiro conflito entre judeus crentes e descrentes.
O historiador romano Suetônio relata que o imperador Cláudio ordenou a expulsão dos judeus de Roma por volta do ano 49 d.C., por causa dos tumultos no setor judaico que, supostamente, se originaram pela pregação do Evangelho de Jesus Cristo. Com a expulsão dos judeus, a Igreja em Roma tornou-se basicamente uma Igreja gentia.
É natural, portanto, que Paulo tenha escrito uma epístola essencialmente dirigida aos gentios, Rm: 11:13; 1:5-6, e mesmo assim, é evidente que o principal objetivo de Paulo era alcançar tanto gentios quanto judeus. Afinal, após a morte de Cláudio, no ano 54 d.C., os judeus tiveram permissão para retornar a Roma, sob o governo de Nero.
O início da Igreja é creditado aos apóstolos, e havia uma única Igreja, contudo subentende-se que houve várias divisões dentro dela como se é conhecido no senso comum, porem afirmar que houve divisões é sempre muito subjetivo, e varia de acordo com a lógica de raciocínio critico do observador, considerando o todo de uma realidade, uma parte principal e uma parte secundária. Isso inclui, em si, uma sentença.
Eram visíveis as tensões na Igreja nascente, como transparece na primeira carta que Paulo escreve aos Coríntios, cidade em que alguns diziam que eram de Apolo e outros de Paulo conforme 1Co: 3:4-5, porem a primeira divisão mais significativa, com certeza, foi aquela protagonizada pelo bispo de Constantinopla, Nestor, depois do Concílio de Éfeso em 431 depois de Cristo. Nestor e seus seguidores não concordaram com as afirmações do III concílio ecumênico que determinou a natureza divina e humana de Jesus.
Eles ao invés defendiam que Jesus não era Deus e homem ao mesmo tempo, mas somente Deus, com aparência humana, mas esta questão é mais propensa da escatologia se analisado do ponto de vista antropológico, porque ao invés de entender como uma visível divisão é razoável também compreender que o que ocorreu foi a sua multiplicação, e o certo é que Igreja existe até hoje, sobretudo na índia onde é denominada de “Antiga Igreja Apostólica do Oriente”.
Em 1054 aconteceu a grande separação entre o mundo católico e a Igreja ortodoxa, separação entre os latinos e os orientais e esta data lembra a excomunhão recíproca entre o papa Leão IX e o patriarca Miguel I, que culminou com um processo muito complexo.
Há dois elementos básicos que causaram essa teórica divisão: uma era a questão política e a outra a doutrinária.
A política está relacionada com a autoridade do papa, bispo de Roma. As outras quatro grandes sedes patriarcais (Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém) que pretendiam um governo partilhado.
O outro ponto crítico está ligado com a teologia trinitária: a Igreja latina acrescentou a expressão “filioque” ao creio Niceno- Constantinopolitano, em relação ao Espírito Santo: “qui ex patre filioque procedit” (que vem do pai e do filho).
Esse acréscimo foi considerado uma heresia pela Igreja do oriente e durante os anos a reconciliação foi tentada algumas vezes e dessas tentativas nasceram às Igrejas católicas de rito oriental, mas a Igreja ortodoxa é muito forte até hoje.
Com certeza a divisão mais eloqüente, que interferiu no presente teologia é aquela que aconteceu com a Reforma, com Lutero, que foi um movimento complexo que aconteceu no século XVI, cujos personagens principais é o monge agostiniano (padre católico) Martinho Lutero assim como João Calvino, Ulrich, Zwinglio, Thomas Müntzer, e pode até incluir o rei Henrique VIII, que, na Inglaterra, criou o anglicanismo; estes movimentos nasceram com a intenção de preencher falhas da vida cristã protagonizadas por expoentes católicos e deste movimento da Reforma nasceram às denominações hoje conhecidas. Pode se até do cisma de Utrecht, depois do Concílio Vaticano I, no século XIX, quando foi aprovada a infalibilidade do Papa.
Ainda hoje as divisões ou multiplicações continuam, ou seja, a unidade ainda prevaleceu diversidade, tanto na Igreja Católica como nas Igrejas Evangélicas.
O mais importante é notar que, enquanto prevalecer à diversidade; a unidade continua comprometida e o fato de não conseguirmos ser “Um corpo em Cristo”, altera completamente o sentido da unidade plena dos cristãos como Corpo de Cristo.
A divisão nos acusa e testemunha contra a nossa incapacidade de compreender o sentido único do Evangelho de Cristo iniciado pelos Apóstolos.
1. 3 - A SUA DIMENSÃO:
Todas as figuras usadas no N.T. indicam tal condição da Igreja. A Igreja é o Corpo, Cristo é a cabeça. É a cabeça que dirige o Corpo e todas as suas funções.
A figura do edifício, do templo e do seu fundamento não deixa de sugerir a mesma coisa. É impossível edificar-se um templo no ar, à parte de sólidas, fundações. O edifício do templo se firma nos alicerces e deles depende para sua permanência. Se a Igreja, por outro lado, é a noiva de Cristo, novamente esta figura nos fala de subordinação, pois a cabeça do lar é a parte ativa e deliberativa, a sua dimensão implica em submissão ao seu senhor.
Quando falamos de uma Igreja submissa e não independente, queremos dizer que tal Igreja procura conhecer a vontade de seu Senhor para depois procurar pô-la em prática.
É razoável dizer-se que Ele quer, primeiramente, comunhão, vertical e horizontal, com Deus e com os homens. Verdadeira submissão a Cristo significa incondicional relação de amor a Deus e amor ao próximo. Cristo quer que a Sua Igreja seja também diaconal, requer também a santidade e exige fidelidade.
O quadro abaixo ilustra o que podemos notar como fatores que proporcionaram a expansão da Igreja nas suas respectivas teologias, políticas sociais, escatológicas e antropológicas como se segue:
1.4 ¹SÍNTESE CRONOLÓGICA DA IGREJA:
Jesus Cristo |
Nascimento - Parábolas - Sermão da Montanha - Mandamentos de amor Milagres Mistério pascal e Páscoa (Crucificação e Ressurreição) |
Fundações |
Igreja - Eucaristia e Nova Aliança - 12 Apóstolos - Reino de Deus -Evangelho - Paulo – Pedro |
Bíblia |
Livros - Evangelhos canônicos - Velho Testamento - Novo Testamento -Evangelhos apócrifos - Tradição. |
Teologia |
Salvação - Pecado - Graça - Justificação - Sacramentos - Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) - Cristologia - Escatologia - Mariologia - Apologética - Eclesiologia - Santidade. |
História |
Cristianismo primitivo - Constantino - Concílios ecumênicos - Credos -História das missões - Perseguições - Padres da Igreja - Cisma do Oriente - Cruzadas - Cisma do Ocidente - Reforma Protestante - Inquisição - Cristianização - Concílio Vaticano II |
Denominações |
Católicos: Católico Romano - Católicos Independentes (ex: Velha Igreja Católica - Igreja Católica Liberal e Católicos brasileiros dissidentes) Orientais: Igreja Ortodoxa · Igrejas não-calcedonianas · Igreja Assíria do Oriente Cristianismo Esotérico: Rosacrucianos - Gnósticos - Teosofia - Antroposofia. |
Tópicos |
Pregação - Evangelização - Oração - Ecumenismo - Relações com outras religiões - Filosofia cristã - Democracia cristã - Música - Liturgia e Culto - Calendário - Símbolos - Arte - Críticas - Cristianismo esotérico. |
______________________
¹ Fonte Wikipédia.
2. QUAL É FINALIDADE PRINCIPAL DA IGREJA?
Propósito inicial da Igreja
MATEUS 20:28
Assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.
Se a Igreja é de Cristo e Ele veio para servir e resgatar! Para que serve a Igreja senão para servir e qual é a sua principal finalidade senão a de resgatar almas para Cristo?
É inquestionável o compromisso da Igreja em servir, caso contrário deve se questionar a sua própria existência, e nesta concepção não há duvida que os fins justifiquem os meios, e quando se trata da finalidade de resgatar as almas para Reino de Deus, deve se atentar para o fato de que de que a opressão não se expressa apenas espiritualmente, mas também socialmente.
A dualidade corpo e espírito não podem ser trabalhados separadamente, quando Cristo ensinava sobre a fome de pão o duplo sentido é enfático, pois o corpo necessita de alimento e o espírito de alento, a fome enfraquece o corpo e o desanimo o espírito, e é notório que deve haver um equilíbrio entre o espiritual e social.
A Igreja lamentavelmente tem negligenciado a sua missão, de fazer a diferença no mundo, igualando se as demais sociedades do mundo. A base da missão da Igreja é a de continuar a obra que Cristo iniciou por meio de sua encarnação, morte e ressurreição.
É fundamental que ela encarne a condição de pastorado preparando o caminho da salvação através da remissão dos pecado para a justificação diante de Deus, mas que também desenvolva o seu papel de servo sem abster-se do seu compromisso com a diaconia.
Se não é obrigação da Igreja governar o mundo, mas, que pelo menos tenha o ideal de interagir com ele para a mantê-lo de uma forma sustentável e, neste interim ela se torne um agente de transformação histórica.
A Igreja foi criada por Deus para servir. Ela é de Cristo e continua a ser a encarnação de Cristo no mundo, devendo, por isso mesmo, lembrar-se de que Ele não veio para ser servido, mas para servir.
A Igreja para estabelecer o seu domínio precisa praticar o exemplo de Cristo quando ao ser tentado no deserto, foi-lhe sugerido o uso do poder espiritual e o poder econômico para matar a fome das multidões miseráveis, poder sensacionalista para impressionar as massas, poder político para dominar no tempo, os reinos do mundo.
Mais Ele reagiu afirmando que poderia dispor de poderes tais para fazer o que a espada dos homens fazia, entretanto, não viera para dominar, pela força, mas conquistá-los pelo amor.--------O ideal da Igreja não é servir os homens dominando, mas servir sofrendo, como o próprio Cristo, como relata Jo: 13,1; Fp: 2:5-11; Is. 53.
O poder da Igreja tem que ser o poder de servir, dado pelo poder do Espírito Santo.
Eis algumas marcas de uma Igreja que vive a integralidade do ministério de restauração das pessoas. Este fundamento é Bíblico.
Era muito comum considerar a Igreja como uma organização meramente humana, temporal, explicável pela sociologia, não obstante ser agremiação religiosa. Temos que admitir que há tipos defeituosos de comunidades cristãs, tais como o monástico e o sectário, representando os extremos tangenciais católico e protestantes.
A Igreja não é e não pode ser mera sociedade civil e muita menos um clã de homens bem intencionados ou bem sucedidos.
A Igreja pode ser estudada sociologicamente, mas de modo algum deve existir nela apenas categoria sociológica.
Há nela o elemento sobrenatural de Cristo e seu Espírito Santo.
Por isso ela continua a obra de Cristo e deve ser o que Cristo foi. Ele, como Servo de Jeová, criou uma Igreja cujo objetivo neste mundo é servir os propósitos de Deus, de redenção para a humanidade.
Portanto, para a Igreja realizar o ideal de ser serva de Cristo, ela precisa aprofundar suas raízes no Antigo e no Novo Testamento, enchendo-se do verdadeiro conteúdo bíblico, porque de outra forma será mera coletividade religiosa e não o órgão divino de ação redentora no mundo.
2. 1 - A AÇÃO DA IGREJA É PRÁTICA E DINÂMICA
Em At: 1:8 Jesus Cristo afirmou que a Igreja receberia o poder do Espírito Santo e que, portanto, sua ação seria altamente dinâmica, poderosa e repleta de autoridade espiritual, ou seja, a força vital que comunica energia à Igreja é o Espírito Santo.
É inegável que a Igreja precisa de organização. Ela tem se beneficiado muito com as novas técnicas desse novo tempo. Contudo, ela também corre o risco e pode chegar a ponto de ser sutilmente desviada de sua finalidade vital, prejudicando-se irreparavelmente na sua essência de valor fundamental.
Não é a organização que faz a Igreja, mas sim Deus coabitando nela.
Sempre que a organização se torna um fim em si mesmo a ação da Igreja deixa de ser dinâmica para ser mecânica, e passa a funcionar igual às outras comunidades de estrutura sociológica.
Muitas vezes, por amor à forma, sacrifica-se a essência, a vida, o poder. A Igreja, serva de Cristo, busca em primeiro lugar os recursos próprios e indispensáveis ao seu dinamismo.
Esses não se encontram exclusivamente nos recursos humanos e temporais, mas em Deus, em Sua Palavra, em Cristo e no Espírito, sem os quais a Igreja não será a Igreja de Cristo, o instrumento de sua ação e do seu serviço no mundo.
A Bíblia Sagrada Rm: 12:2 relata o equilíbrio próprio e necessário entre o mundo temporal e o espiritual. A Igreja tem que estar no mundo, contudo, ela não é do mundo.
Uma Igreja separada do mundo esqueceu-se da realidade da encarnação, por outro lado, uma Igreja só do mundo ignora que sua existencial é temporal.
Tem que se viver à nova vida de Cristo, mas, à sua semelhança, devendo encarnar no mundo, para ser útil, servindo como sal da terra e luz do mundo.
Ter tabernáculos no alto da montanha pode ser agradável, mas é na planície que estão os necessitados à espera do auxílio da Igreja.
A elite que lidera deve compreender que a Igreja não pode ser do mundo.
A identificação com o mundo não pode ser para considerá-lo como os ideais últimos, copiando os seus processos e valores.
A fé não pode ser simples expediente utilitário e egoísta, com a qual se procura vantagem imediata.
2. 2- ENFASE NO MINISTÉRIO INTEGRAL
A ação da Igreja não pode estar na dependência exclusiva do trabalho do ministério regular, ela depende muito da interação com a comunidade em que esta inserida e é dever dela destacar esta missão clerical do Corpo de Cristo.
Desde que um dos fatos mais impressionantes dos tempos modernos é que milhões de pessoas consideram a Igreja como flutuando acima do mundo moderno e inteiramente fora de contacto com ele, a importância deste simples pronunciamento não pode ser facilmente sobrestimada.
Temos de reconhecer que o movimento pentecostal e neopentecostal têm usado com muita intensidade a força comunitária no trabalho de expansão do Reino de Deus. Essa experiência, ainda que não suficientemente desenvolvida, é notável; e pensando na força da Igreja, podemos citar Amós, por exemplo, que não era profeta, nem filho de profeta. Ele foi uma pessoa da comunidade, ele mesmo declarou: Amós replicou: “Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros”.
Mas o Senhor me tirou de após o gado e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo de Israel. Ora, pois, ouve a palavra do Senhor. Tu dizes: Não profetizarás contra Israel, nem falarás contra a casa de Isaque. Portanto, assim diz o Senhor...”Am: 7:14-17”.
Emil Brunner afirmava que “uma religião do clero é sempre uma heresia”. Para ele “o bom ministro não é aquele que deseja ser o centro da atenção e realizador de tudo, sua preocupação será, antes de tudo, a de ser agente catalítico e estimular a todos para a atividade, ficando perfeitamente satisfeito se sua contribuição não for percebida ou conhecida. O melhor ministro ou líder faz-se a si mesmo progressivamente desnecessário”.
Kierkegaard dizia que uma Igreja que presta culto a Deus não pode considerar o ministro como ator e o auditório como espectador. Deus é o espectador, os membros da Igreja são os atores e o ministro é aquele que estimula e, num certo sentido, dirige a ação de todos, ou seja, o pastor ministra os membros em louvor e adoração a Deus.
Na Igreja do Senhor Jesus não existe divisão entre os ativos e passivos, atuantes e não atuantes. A ação é da Igreja ampla. Todos devem estar agindo, cumprindo a parte que lhe cabe no Corpo de Cristo, I Co: 12.
Falta qualquer base bíblica para distinguir entre docente e não ordenado e vocação religiosa e secular. No Novo Testamento a palavra diaconia, um termo correspondente do grego que significa servir a mesa, pode ser comum a todos os cargos e funções, pois denota "serviço".
Jesus foi servo, portanto todas as funções existentes contêm um caráter básico: estar a serviço em obediência a quem serviu primeiro, em vez de referir-se a uma ordem especial dirige-se a todos os cristãos, não podendo dizer se o mesmo a respeito das palavras clero e leigo termos da teologia romana; esses termos não são encontrados no Antigo Testamento e nem no Novo Testamento e se aplicado no contexto evangélico traz uma conotação diferente e a sua aplicação causa um resultado negativo no seio do corpo de Cristo, a saber; a Igreja.
Portanto o homem criou a hierarquia eclesiástica, onde, ante a suspeita de que alguma coisa era demasiadamente santa, algum conhecimento demasiado alto, algum serviço demasiado espiritual para estar ao cuidado de qualquer membro, e daí surgiu à ordem elitizada, o clero, o sacerdócio, em distinção dos demais membros comuns, estes são relegados a cristãos de segunda categoria. Daí resultou separar-se a vocação religiosa das demais.
Os reformadores reagiram fortemente contra isso, surgindo a importante afirmação do sacerdócio universal de todos os crentes. Ou seja, o acesso a Deus é direto, pelo único Mediador, sendo a responsabilidade ética uma só para todos, com a impossibilidade de padrões duplos de moral.
]Sendo assim, a comunidade dos salvos, dentro da liberdade do Espírito, age sempre sem desfalecimento, para servir o mundo em nome de Deus e com os recursos inspirados por Ele e posto à disposição de todos.
3 - AS PREOCUPAÇÕES LEGAIS E SOCIAIS DA IGREJA:
Com o passar do tempo, surgiu à necessidade da Igreja em engajar em certas diretrizes da sociedade. Isto por implicação na busca por solução par a os problemas do mundo hodierno entre a Igreja e a sociedade.
Os fiéis não podem se fazer de omissos, mas precisam ser conscientes que possuem uma grande responsabilidade como povo de Deus incumbidos de promover a verdadeira cidadania, por isso a Igreja é conclamada à comunhão.
Ela permite o crescimento orgânico e promove uma atuação mais coesa e o bom funcionamento dos órgãos e células do corpo. Assim é o corpo de Cristo.
Junto à comunidade, a comunhão é a expressão mais clara do que é a Igreja. Conforme a mensagem de Jesus, é só assim que o mundo vai conhecer que somos seus discípulos e crer que Deus o enviou para libertá-lo da tirania do pecado.
A Igreja tem sobre si uma ordem antiga que não vem sendo cumprida por motivos também escusos, vide: Is: 1:17 aprendei a fazer o bem; buscai a justiça, acabai com a opressão, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva. Jr 21·12. Ó casa de Davi, assim diz o Senhor: Executai justiça pela manhã, e livrai o espoliado da mão do opressor, para que não saia o meu furor como fogo, e se acenda, sem que haja quem o apague, por causa da maldade de vossas ações. Zc: 7: 9 Assim falou o Senhor dos exércitos: Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e compaixão cada um para com o seu irmão.
Os termos: aprendei, executai, será que está fora do contexto da Igreja por ter sido um ensinamento anterior ao inicio da Igreja? Por isso as pessoas estão desamparadas sem condições de sobrevivência, morrendo de fome todos os dias, quando lhes são negados os direitos humanos básicos!
Terá a Igreja que tomar para si alguma preocupação diante deste de quadro? Ou será que política é País e religião é Igreja? São extremos opostos!
O apóstolo Paulo não fugiu da responsabilidade de bem orientar os cristãos para o exercício da cidadania, conforme podemos examinar no texto de Rm: 13:1-7.
As preocupações da Igreja também é uma obrigação, como por exemplo:
Atentar para os princípios constitucionais.
Preocupações tais e outras constituem se numa postura exemplar da Igreja principalmente para a liderança evangélica, e mostra à sociedade entre outros exemplos de que ela é o sal da terra, mas deve se lembrar de que a justiça é impossível se a verdade e a liberdade são frustradas.
4 - OBRIGAÇÕES ESPIRITUAIS:
A Igreja que preserva a sua obrigação espiritual modela se nos considerandos a seguir:
1. Realizar o seu culto a Deus fundamentada na pregação bíblica, nas doutrinas e dispensa inovações espúrias que contagiam a sua pureza espiritual;
2. Primar pelo estudo e ensino sistemático da Bíblia e matérias teológicas correlatas, sem muita escora filosófica ou cátedras seculares;
3. Adota a oração como expressão natural dos ensinamentos religiosos capazes de gerar respostas de bênçãos divinas;
4. Respeitar sempre o princípio da preordenação, tanto da oração como da resposta divina e, pela oração, invoca o nome de Deus, rendendo lhe gloria, adoração e domino eterno;
5. Exaltar a Deus de todo o coração com cânticos ungidos pelo Espírito de Deus, o louvor atrai o pecador, instala no culto o poder de Deus e abre as portas da benção com glorificação ao todo poderoso;
6. Rejeitar hinos com letras de protestos e desabafo político e social, inclusive os de letras com mensagens subliminares, antibíblicas, antidoutrinárias, seculares e ritmos dançantes;
7. Administrar os sacramentos do batismo nas águas e a Santa ceia do Senhor com tratamento reverencial não misturando estas cerimônias com outras liturgias paralelas e concomitantes “simultâneos”;
8. Promover cultos com formatos especiais, onde a palavra deve ser ministrada de acordo com a essência das respectivas celebrações espirituais;
9. Que o líder instrua os fiéis no tocante aos dízimos e ofertas e inclua na liturgia de cada culto a leitura de um texto apropriado sobre o tema em causa e faça um breve comentário seguido de uma oração abrangente.
10. Instruir os fiéis que não se devem priorizar as bênçãos de bens supérfluos, mas os de suprimentos em favor de cada cristão e para o bem estar da Igreja;
11. Estimular o fiel na preservação e exercício diário do fruto do Espírito, garantindo aos salvos em Jesus Cristo o beneficio desfrutável da caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, união e igualdade com os irmãos de diferentes etnias e culturas;
12. Instruir os fiéis que não se deve discriminar o seu semelhante, principalmente os irmãos em Cristo;
13. Dispensar tratamento especial para as missões;
Os frutos do Espírito é um portal para a outorga dos dons espirituais. São elementos
pedagógicos e espirituais de capacitação sobrenatural que fortalecem, previnem, edificam e aperfeiçoa a Igreja de forma geral.
As obrigações espirituais somadas as obrigações legais e sociais, dispensa as estratégias de marketing praticadas pelos sectários, e isto demonstra que a Igreja está agindo com a inteligência puramente bíblica.
5. DA ORGANIZAÇÃO; PLANEJAMENTO E CRESCIMENTO:
Da organização:
Ser organizada e administrada, contra isto a Igreja não encontra em sua trajetória histórica nada que desabone a sua prática, porque Deus através da sua palavra nunca se manifestou contrário a tal prática. Portanto a organização e o planejamento, muito ao contrário, indica que sirvamos com ordem e decência, a ordem é sábia previdência.
O que Deus não tolera é mundanismo e apostasia, revelados nas arrogantes pretensões centradas do homem, que ousam não só ultrapassar os limites impostos por Deus, mas como tentar reinventar a Igreja, segundo os padrões e modelo do mundo.
Ao contrário vemos Deus tornar a Igreja se tornar progressivamente, forte, sadia e crescente, e na dependência total da soberania de Deus, pregando toda a sua doutrina, sem diluí-la ou suavizá-la, e sem mundanizar a Igreja, através de música contemporânea, shows, danças e outros envolvimentos como, psicologismo, marketing e outros mercantilismos eclesiásticos.
Partindo deste pressuposto, com base nesta teoria, a sua prática não é reprovável, daí então a Igreja pode se estabelecer como um organismo composto de membros com funções e dons, e as necessidades diversas requerem uma administração de maneira que possibilite a expressão destas funções, bem como criar mecanismos para suprir as relativas ao corpo de cristãos; e este processo se dá por conta de uma boa organização e não pelo modelo como a Igreja é administrada.
A Igreja não deve ser administrada nos padrões e técnicas utilizadas pelas empresas seculares, a Igreja não representa o mundo, mas Reino de Deus na terra.
Vejamos as diferentes formas de organização da Igreja com êxito comprovado nos dias atuais; e os exemplos de modelos organizacionais como as das Igrejas: Metodista, Batista, Anglicana, Presbiteriana; Congregacional , Episcopal , Quadrangular, tendo como base os diferentes tipos de tipos de liderança como se segue:
Centralizada no líder ⇒ pastor) ⇒ poder concentrado;
Centralizada no maioria ⇒ (assembléia) ⇒ poder descentralizado;
Centralizada no grupo ⇒ (departamento) ⇒ poder compartilhado;
A organização depende que como o poder é exercido na denominação ou na Igreja local, e diretamente do de grau de influencia, ação e decisão do líder nas deliberações, e isto varia de acordo com a posição que o líder se encontra diante da Igreja que administra.
Portanto e relativo os fatores que se atribuem como causas responsáveis pelo desenvolvimento ou crescimento retardado da Igreja, bem o como a estratégia que vai proporcionar o crescimento acelerado da Igreja a partir de então, mas sim o verdadeiro sentido de uma Igreja com propósito, isto é, o envolvimento de todos, uma decisão unânime em pregar o evangelho começando corpo-a-corpo e continuado pelas missões, e usando todos os artifícios saudáveis sem corromper os ensinos Bíblicos para atrair as almas para a Igreja, caso contrário terá que copiar a tática das Igrejas imediatistas que estão se propagando no meio evangélico, como se elas tivessem descoberto uma formula exata até então desconhecida na história da Igreja.
A burocratização da Igreja, a negligencia dos lideres e a omissão dos membros na participação direta na propagação do evangelho de Cristo, são as causas determinantes pelo raquitismo espiritual que a Igreja vem enfrentando e impedindo o seu crescimento.
Enquanto o desejo de servir e repartir a salvação recebida através do evangelho de Cristo com aqueles que ainda sob o regime da opressão estão no pecado não for despertado em cada um, independente da posição ou função que se encontram e representam na Igreja, os sectários e oportunistas estarão ocupando, dominando e liderando no espaço x tempo destinado a Igreja de Cristo, para a formação do corpo do Reino de Cristo; esta á a verdade.
A Igreja tem ainda a opção alem das formas como se organiza conforme os três modelos exemplificados acima, uma forma de se organizar internamente através da técnica de gestão por competências, onde o líder nomeia conforme as vocações específicas, membros com as aptidões conforme o modelo abaixo, e estes gestores formarão o grupo que ira assessorá-lo na sua função pastoral.
Este modelo de organização por gestão pode ser útil para o crescimento, viabiliza o planejamento, permitindo que o pastor tenha mais tempo para de dedicar ao seu devocional e se empenhar mais maias nas necessidades espirituais da Igreja que lidera. A vantagem que ele oferece, é que pode ser implantado pelo pastor da Igreja local, sem que haja mudança na legislação da Igreja, isto porque não interfere no processo, sistema ou política interna de ordenação de lideres nas denominações.
O líder estará apenas formando um corpo docente de apoio que irá lhe auxiliar na tarefa administrativa e eclesiástica, e pode ser constituído de forma autônoma sem gerar ônus para a Igreja, descentralizando a agenda do pastor sem perder a eficiência da organização.
Compare com modelos antes citados e analise os pontos positivos e negativos, e implante este modelo de organização por um certo tempo limitado na Igreja, de forma experimental, e no fim analise e compare os resultados.
¹Gestão por Competências:
O que são Competências ?
⚫
CHA: Conhecimentos, Habilidades e Atitudes.
Temos avaliado líderes pelo padrão e não pelas competências.
EFICIÊNCIA x EFICÁCIA
ADMINISTRE CONFLITOS INTERPESSOAIS E PROMOVA A COESÃO
INTERVENÇÃO EM DISPUTAS PESSOAIS
USO DE TÉCNICAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
OBTENÇÃO DE COLABORAÇÃO PARA SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS
Rom 12:18; 1 Tess 5:12-15
PERCEBER O QUE PODE SER DESENVOLVIDO NAS PESSOAS
OUVE, APOIA, INCENTIVA E DISTRIBUI ELOGIOS E RECONHECIMENTOS
CONTRIBUI PARA DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS
PROPORCIONA TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS PESSOAS
SEM MENTOR TUDO VIRA “MESMICE”
1 Tm 3:2; Cl 1:28-29; Gl 4:19
ADMINISTRA O FLUXO DAS COISAS, PLANEJAMENTO DE TRABALHO (“FAZ FLUIR”)
GERENCIAMENTO MULTIDISCIPLINAR
SUSTENTAÇÃO DA ESTRUTURA
HABILIDADES DE AGENDAMENTO, ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO DE EQUIPES
Cl 4:16; Fp 2:19, 25
TRANSPARÊNCIA E PRESTAÇÃO DE CONTAS
CAPACIDADE ANALÍTICA DE DADOS
APOIO EM FATOS, RELATÓRIOS, PESQUISAS, ESTATÍSTICAS
“PEDRA NO SAPATO”
MONITORAMENTO DO DESEMPENHO INDIVIDUAL
.SABER O QUE ACONTECE...
GL 1:6; 1 TESS 3:6; ATOS 11:22
PLANEJAMENTO E DELIMITAÇÃO DE METAS E EXPECTATIVAS
DEFINE PAPÉIS E METAS
ESTABELECE OBJETIVOS
DESENVOLVIMENTO E COMUNICAÇÃO DE UMA VISÃO
GERA REGRAS E POLITICAS
1 TM 3:5; AT 15:12-14, 19-20
MANTÉM FOCO NO TRABALHO
DEVE SER REPLETO DE MOTIVAÇÃO, INTERESSE,PRODUTIVIDADE
PRÁTICO E ACEITA RESPONSABILIDADES
2 TM 4:2; ATOS 20:9-12; 1TM 4:15
FACILITAR E ADAPTAR MUDANÇAS
PRESTAR ATENÇÃO AO AMBIENTE, COISAS, TENDÊNCIAS PARA ADAPTAR
“CHEIO DE IDÉIAS”
VISÃO LONGA, SONHOS
CAPAZ DE APRESENTAR EM “EMBALAGEM DESEJÁVEL”
AT 17:22-23; AT 28:16, 30-31
OBTENÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS, POLÍTICOS, HUMANOS, ETC.
TEM ASTÚCIA POLÍTICA, CAPACIDADE DE PERSUASÃO E INFLUÊNCIA
NEGOCIAÇÃO DE ACORDOS E COMPROMISSOS
AT 22:25-29; AT 15:1-2
O líder deve priorizar as gestões conforme a necessidades mais emergenciais da Igreja, e assim ele terá uma assessória plena e dinâmica, que estará lhe auxiliando constantemente, para o crescimento da obra de Deus.
¹Teol. da Lid.Cristã - FTML.
Após a solução da complexidade existente nos modelos de organização a Igreja é importante observar as atitudes que proporcionam a boa saúde da Igreja, como se segue:
A humildade ⇒ Criar atitude de servo, que busca tão somente ser útil ao Reino de Deus.
Uma submissão inteligente no Espírito ⇒ Prontidão para se deixar corrigir e exortar;
Quebrantamento Espiritual.
Fidelidade ⇒ Ao Senhor, à sã doutrina, à Igreja, à associação de Igrejas a que pertence.
Motivações corretas ⇒ Não buscar glória ou ganhos pessoais, nem deliberadamente tentar prejudicar alguém;
Preparar e equipar continuamente os líderes;
Desafiá-los para que sejam modelos do rebanho;
Reuniões para ensiná-los a resolver problemas se comunicando;
Valorizar cada membro, obreiro e líder:
Resolver os problemas de forma bíblica, transparente e justa:
Ensinar a Igreja o perigo terrível da politicagem e divisões carnais;
Enfatizar o valor da comunicação honesta e amorosa;
Exposição séria da Bíblia;
Um rebanho bem alimentado‚ sadio, forte, e se reproduz;
Evangelismo Pessoal:
Um programa contínuo de Missões.
DO PLANEJAMENTO:
O planejamento é a força motora para o crescimento da Igreja juntamente com a intervenção do Espírito Santo e a oração dos santos.
Para um planejamento bem elaborado, faz-se necessário primeiro um levantamento de alguns dados que servirão posteriormente como parâmetro das ações e atitudes que os
lideres da Igreja deverão tomar visando o pleno crescimento da obra de Deus através da Igreja. É de suma importância à observância de uma seqüência lógica abaixo elaborada, pois,
a inversão de alguns itens ou item, pode tornar o processo de planejamento inviável e em muitas das vezes impraticável.
Obviamente, seguir somente a seqüência elaborada não é o suficiente, é preciso buscar a direção do Senhor, orando e jejuando, pois Ele é a nossa força, e posteriormente utilizar algum método comum para efetivar o seu propósito.
O líder ao tomar a iniciativa de planejamento visando promover qualquer mudança ou reformulação da administração eclesiástica ou secular da Igreja para ativar o crescimento, ele pode utilizar a ferramenta da estatística no estudo prévio para orientar se no plano que pretende executar.
Como se sabe, a estatística é um conjunto de métodos usados para se analisar dados, ela pode ser aplicada em praticamente todas as áreas do conhecimento humano, e tem pelo menos três significados:
coleção de informações numéricas ou dados;
medidas resultantes de um conjunto de dados;
métodos usados na coleta e interpretação de dados.
Algumas práticas estatísticas incluem, por exemplo, o planejamento, a sumarização e a interpretação de observações. Dado que o objetivo da estatística é a produção da melhor informação possível a partir dos dados disponíveis, alguns autores sugerem que a estatística é um ramo da teoria da decisão.
Ela se dedica à coleta, análise e interpretação de dados, preocupa-se com os métodos de recolha, organização, resumo, apresentação e interpretação dos dados, assim como tirar conclusões sobre as características das fontes donde estes foram retirados, para melhor compreender as situações.
A seguir apresento um modelo de estatística que pode ser utilizada pela Igreja:
Levantamentos:
1° - do numero de membros;
2° - do numero de congregados; 3° - do numero de casais;
4° - do numero de jovens;
5° - do numero de crianças;
6° - do numero de desembestas;
7° - da quantidade de classes na EBD; 8° - do numero de matriculados na EBD; 9° - da freqüência na EBD (por classe); 10° - da freqüência no culto de oração; 11° - da freqüência no culto de ensino; 12° - da freqüência no culto dos jovens;
13° - da freqüência no culto do (Circulo de Oração); 14° - da freqüência no culto evangelístico (Domingo);
15° - do numero de trabalhos evangelístico no bairro (distribuição de folhetos), evangelismo pessoal, visitação, culto ao ar livre, etc.
A lista pode ser ainda mais extensa, enumere mais alguns pontos se necessário, tanto quanto pode ser menor, e isto depende do modelo praticado pela denominação.
O relatório final demonstrara de forma clara a situação em que se encontra a Igreja e quais são as áreas que mais necessitam desenvolver-se.
Projeto para o planejamento do crescimento da Igreja.
Delimitação:
Por que devo planejar?
O planejamento é a única forma racional de correção dos rumos traçados anteriormente.
Para quê planejar?
Objetivo, finalidade, aplicabilidade, resultados esperados. Um planejamento busca resolver problemas específicos; gerar teorias; avaliar teorias existentes.
Justificativa:
Um planejamento só pode ser elaborado após o estudo sistematizado da situação atual, ou seja, logo após o levantamento dos mais diversos setores da Igreja com todos os dados claramente apontados.
O quê fazer?
Revisar o processo e rever as metas.
Por que fazer?
É um mandamento de Cristo. Mt: 28:19-20.
Como fazer? Planejamento. O método:
Estratégias a serem utilizadas.
Para quê fazer?
Para o crescimento da Igreja.
Metas:
Qual é o nosso desejo. - “Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos” Pv: 16:3.
Quantas almas apresentaremos ao Senhor. – “O fruto do justo é arvore da vida, e o que ganha almas, sábio é”. Pv: 11:30.
O crescimento de algumas denominações nos últimos anos tem sido questionado e isto vem causando séria preocupação em algumas que estão estagnadas.
Este crescimento desproporcional da Igreja tem despertado a atenção para a necessidade da Igreja reestruturar seu modelo de organização, planejamento e liturgia, visando tornar-se mais ousada e competitivas no que diz respeito às metas e resultados.
É certo que a Igreja precisa e deve buscar uma forma de crescimento planejado e dinâmico, mas com o propósito de fazer frente aos constantes projetos elaborados pelo maior inimigo dela, o príncipe das trevas, que utiliza a sociedade de modo geral, para ferir os preceitos deixados pelo nosso Deus na Sua Santa Escritura.
Mas o que se nota pelo grau de inquietação de alguns lideres denominacionais e das suas Igreja locais, é o oposto ao propósito proposto, e a busca por este método organizacional
inovador é causada pela preocupação das suas denominações futuramente tornarem se inexpressivas diante das que estão em crescimento continuo na atualidade.
Diante deste fenômeno prodigioso e da falta de perspectiva de acompanhar este crescimento, começa a surgir os questionamentos quanto aos regimes governamentais, a posição radical das lideranças, dos concílios, dos sínodos, dos regimes doutrinários, regimentos internos, da tradição e de outros fatores, porém o que não está sendo observado é que qualidade deve sobrepor a quantidade, sendo que o mais importante é que haja um nível espiritual elevado numa Igreja cujos membros são firmados numa sã doutrina embora o seu crescimento seja modesto.
O método infalível para o crescimento da Igreja está na Bíblia Sagrada, e está sendo aprovado até os dias de hoje, porém o que está faltando é apenas o estimulo, incentivo, e a força de vontade dos próprios lideres; o exemplo a se seguir é o que foi usado pelos apóstolos e discípulos, ele prontamente obedeceram ao “ide”; e não ao “vinde”.
O “vinde” é o método de Cristo só Ele tem autonomia para isto, e continua sendo muito bem desempenhado por Ele ainda hoje porque o convite para todos os cansados e oprimidos ainda continua, mas para serem libertos é necessário a Igreja comprometer se com
o “ide” buscar as ovelhas perdidas do aprisco, pregar o evangelho a todas as criaturas para salvação, este é o genuíno método de evangelização e o crescimento sadio da Igreja de Cristo. Esta missão está a cargo de cada membro inclusive do pastor, e a formula é simples,
se cada um se empenhar em convidar uma pessoa para ir aos cultos, seja conhecido ou não, com o tempo o numero de membros tende a crescer e por conseqüência a necessidade de novos templos, por exemplo, numa Igreja com 30 membros se cada um se comprometer em insistir pela salvação uma alma por ano e atingir esta meta verá que ao final de uma o numero de membro terá duplicado.
O crescimento desenfreado de algumas denominações nos dias atuais não era para provocar alarde no meio evangélico, porque não está na habilidade do pregador ou numa teologia vertiginosa, visto que até o indouto percebe que o que está havendo é simplesmente um marketing religioso e a mídia tem sido o veiculo de divulgação dos planos de expansão de religião; menos a salvação que é a priori.
O que é publico e notório é o leilão do evangelho gratuito de Cristo através da mídia principalmente a televisiva, a Igreja que oferece os produtos mais cobiçados são as recebem maiores lances e arrebatam mais compradores para os seus produtos catalogados para usufruto
secular a través da propaganda, por exemplo: empregos; carros; curas; matrimônios; e outros tantos milagres.
A banalização do evangelho do Reino é que é o fator responsável pelo crescimento destes segmentos religiosos; ofertando um produto evangélico de alta aceitação de consumo imediato, para todos os gostos e desejos, é a lei da oferta e da procura que impera, menos o propósito original de Cristo que as denominações idôneas vem desenvolvendo ao longo dos tempos, que é a pregação do evangelho para a remissão dos pecados e a salvação das almas.
E por conta deste fenômeno, concluiu-se que há um grande distanciamento entre aquilo que é planejado e o conhecimento deste planejamento em todos os níveis de liderança da Igreja evangélica.
O mais importante em tudo isto que foi estudado, é para as lideranças despertaram e começarem a questionar as suas tradições e se necessário quebrar antigos paradigmas, pois isto pode ser importante e necessário para reativar o crescimento e o desenvolvimento da Igreja que é dinâmica, e continuar evoluindo enquanto Igreja, e como instituição não permanecer estática; radicalizada em princípios não ativos.
A Igreja no século XX deve buscar na Bíblia, sobretudo no Novo Testamento, os padrões e princípios com relação ao anúncio do Evangelho e com relação à liderança, organização, planejamento, direção e evangelização.
A Igreja Primitiva continua a ser o modelo suficiente para a Igreja do século XXI operar de forma eficaz, sobretudo na pregação do Evangelho.
A Igreja não precisa, portanto, aprender da ciência da administração de empresas ou das técnicas de vendas, a respeito de padrões de organização e liderança, planejamento, direção ou evangelização.
A pregação do evangelho não precisa de técnicas e métodos tomados por empréstimo da psicologia nem do showbusiness.
A Igreja não necessita, tampouco, de seguir modelos, métodos e práticas que surgiram na última metade do século XX como “soluções” para as necessidades modernas como resultado de:
Ênfases impróprias em doutrinas e interpretações errôneas de ensinamentos bíblicos;
Generalização de experiências de personagens do Velho Testamento;
Experiências de grandes servos pregadores (isolados do Corpo);
Noções não-bíblicas, as quais geraram óbvias distorções na vida da Igreja.
O modelo apropriado para a Igreja do século XXI não pode ser outro a não ser o modelo bíblico que se observou na Igreja apostólica e está registrado, sobretudo no livro de Atos.
De acordo com esse modelo bíblico, a Igreja precisa:
Ser fiel ao Senhor, inclusive em jejuns e oração;
Viver em comunhão com Deus;
Servir os irmãos e o Senhor;
Obedecer à Palavra e às revelações do Espírito;
Buscar os dons espirituais;
Usar os dons espirituais com sabedoria e discernimento;
Evangelizar, anunciando que o Senhor Jesus salva, está vivo no meio de sua Igreja e voltará para buscar a sal Igreja.
Como resultado da fidelidade da Igreja nesses pontos, o Senhor estará operando a Sua parte:
Batizando os crentes com o Espírito Santo;
Concedendo dons espirituais;
Levantando os cinco ministérios;
Revelando Sua vontade por meio dos dons espirituais;
Confirmando a pregação do Evangelho com sinais que resultarão na salvação dos pecadores.
Em várias partes do mundo o Senhor está despertando a Sua Igreja com relação à necessidade de voltar ao modelo apostólico indicado revelado nas Escrituras, pois apenas este modelo é capaz de tornar a Igreja vitoriosa, face aos desafios do século XXI e o vindouro.
Aguilera, José Miguel. Dinamizando a Igreja Para Cumprir a Grande Comissão. São Paulo, Abba Press, 1995.
Anderson, Roy Allan. O Pastor-Evangelista. Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1965.
Barna, George. O Marketing a Serviço da Igreja. São Paulo, SP: Abba Press, 2000.
O Poder da Visão, como você pode captar a visão de Deus para sua vida pessoal e ministério cristão. São Paulo, Abba Press: 1995.
Campanhã, Josué. Planejamento Estratégico, como assegurar qualidade no crescimento de sua Igreja. São Paulo: Vida, 2000.
McGavran, Donald. Compreendendo o Crescimento da Igreja. São Paulo, SP: Sepal, 2001. Vyhmeister, Werner. Misión de la Iglesia Adventista. Brasília, DF: IAE, 1980.
Wagner, Peter. Estratégia Para o Crescimento da Igreja. São Paulo, SP: Sepal, 1995. Warren, Rick. Uma Igreja com Propósitos. Vida, 1997.
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Glenn Wagner - Dando adeus à Igreja-empresa - Recuperando o sentido da Igreja-rebanho - Editora Vida; 280 Páginas.
Jorge H. Barro Doutor, organizador O Pastor Urbano Dez desafios práticos para um ministério urbano bem sucedido Editora Descoberta; 285 páginas.
Peter Wagner Igreja Saudável - Evitando e curando as nove enfermidades que podem afligir uma Igreja Editora Quadrangular; 174 páginas.
Obreiro - Liderança Pentecostal - CPAD - números 14 e 23.
Bíblia de Jerusalém - edição de 1998 - 4a impressão, 2006 - © PAULUS. Bíblia Eletrônica –Rksoft.
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