Introdução

 

TEXTO DEVOCIONAL

“[Deus] determina outra vez um certo dia, Hoje, ... depois de tanto tempo, como antes fora dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hb 4.7). [1]

OBSERVAÇÕES SOBRE O ESTUDO DE PROFECIAS

a. Limites: há limitações quanto ao que pode ser conhecido sobre certos assuntos (Atos 1.7); o conhecimento do futuro é limitado e tem o propósito de conduzir o cristão a uma vida de acordo com a vontade de Deus. b. Tensão entre “já” e “ainda não”[1]: 1 Co 2.9; 1 Jo 3.2. 

POR QUE ESTUDAR PROFECIA?

a. Saber: As profecias nos informam sobre o plano de Deus para o homem; b. Esperança: A profecia oferece esperança segura em uma era sem esperança; c. Consolo: O estudo das profecias estimula a santidade e piedade do crente; d. Vigilância: O estudo das profecias capacita evitar os enganos e erros; e. Salvação: mostra o caminho da comunhão com Deus e livramento da ira; f. Confiança: as profecias ajudam a confiar no caráter e soberania de Deus; g. Compromisso e missão: O estudo das profecias promove uma igreja evangelística.

O QUE É ESCATOLOGIA?

a. Escatologia: doutrina bíblica que lida com as “ultimas coisas” (do grego eschatos - “último”, logos - estudo). i. Expressões bíblicas: “últimos dias” (Is 2.2; Mq 4.1), “últimos tempos” (1 Pe 1.20) e “última hora” (1 Jo 2.18). ii. Definição: estudos dos acontecimentos finais do plano de Deus para este mundo e a consumação do propósito de Deus. b. Profecia: “é a proclamação da vontade de Deus presente e futura” (Anders[2]). c. Alfa e Ômega: Cristo é o princípio e o fim de todas as coisas.

PREMISSAS

a. Houve um início e haverá um fim do atual sistema mundial. b. Desfecho da evangelização mundial. c. A justiça divina deve ser implantada; o Reino eterno de Jesus será estabelecido. d. É necessário iniciar-se o tempo eterno. e. A morte e o mal serão destruídos; o pecado e suas conseqüências terão fim. f. O bem triunfará.

A PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA DO ANTIGO TESTAMENTO

a. Vinda do Redentor: semente da mulher (Gn. 3:15); semente de Abraão (Gn. 22:18); da tribo de Judá (Gn 49:10); descendente de Davi (2 Sm.7:12-13); Profeta, Sacerdote e Rei (Dt.18:15; Sl.110:4; Zc 9:9); Servo Sofredor (Is.42:1-4; 49:5-7; 52:13-15; 53); Filho do Homem (Dn.7:13-14); b. A chegada do reino de Deus: Dn. 7.13-14 c. O estabelecimento do Novo Pacto: Jr 31.31-40; cf. 1 Co 11.25; Hb 8.8-13; d. A restauração de Israel: Jr.23.3; Is.11.11 e. O derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne: Jl 2.28,29 f. Novos Céus e Nova Terra: Is.65.17; 66.22.

O CARÁTER DA ESCATOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO 

a. No NT o grande acontecimento escatológico predito no AT (a vinda do Messias) já ocorreu com a vinda de Jesus Cristo; b. O NT mostra que muitas profecias descritas como um único acontecimento, envolvem duas etapas: a presente era messiânica e o futuro; c. A relação entre estas duas etapas escatológicas é que as bênçãos da era presente são o penhor e a garantia de bênçãos ainda maiores na era por vir. d. A pregação de Jesus pode ser resumida em Mc 1.15: "O tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo; arrependei e crede no evangelho". Em certo sentido, o Reino já estava presente no ministério de Jesus: "se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente é chegado o Reino de Deus sobre vós" (Lc 11.20; cf. Mt 12.28). Mas, em outro sentido, o Reino ainda estava no futuro: "Venha o teu Reino" (Lc 11.2).

TEMAS ENVOLVIDOS

a. Arrebatamento: súbita partida dos cristãos para o encontro com Cristo; b. Segunda vinda: volta de Cristo à terra em momento desconhecido; c. Tribulação: período de catástrofes sem precedentes que virá sobre a Terra; d. Milênio: período de reino de Cristo; e. Anticristo: personificação do mal e agente de Satanás contra o plano de Deus; f. Tribunal de Cristo: premiação dos cristãos segundo as suas obras; g. Ressurreição e juízo: a bendita esperança dos justos e o julgamento dos ímpios; h. Céu e inferno: escatologia estudo completo i. Trono de julgamento: julgamento dos rebeldes contra Deus.

IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA DA SEGUNDA VINDA DE CRISTO:

a. Importância: A segunda vinda é mencionada mais de 300 vezes na Bíblia. Os 216 capítulos do Novo Testamento contêm 318 referências à volta de Cristo, e 1 em cada 30 versículos fala deste fato. Apenas 4 (Gálatas, Filemon, 2 e 3 João) não mencionam a volta de Jesus. b. Chave: Várias promessas dependem diretamente da vinda de Cristo, como p.e., a ressurreição do corpo, a vitória final sobre Satanás, prova final da divindade de Cristo, porque ele prometeu voltar. c. Certeza absoluta: embora o momento exato seja desconhecido (Mt 24.36), a vinda de Cristo foi assegurada por ele mesmo (Jo 14.3) e pelos anjos no momento de sua ascensão (Atos 1.11).

 PRINCÍPIOS DE ESTUDO DAS PROFECIAS:

a. Picos de profecia: as profecias do Novo Testamento lançam luz sobre profecias do Antigo Testamento (1 Co 2.9); por exemplo, os judeus não perceberam que a vinda de Jesus seria constituída de duas etapas: (a) encarnação e crucificação e (b) a segunda vinda com poder e glória; b. Dupla referência: aplicação imediata e/ou futura. c. Hermenêutica: interpretação principalmente literal (1 Pe 1.20-21); d. Escrituras: a Bíblia tem autoridade suprema na interpretação do texto; as verdades da Palavra de Deus devem ser respeitadas no estudo das profecias; e. História: a profecia se refere ao passado ou ao futuro? Ela se cumpriu totalmente ou parcialmente?

DESAFIOS:

a. Santidade: 2 Pedro 3.10-14; 1 João 1.5-7; b. Compromisso: Romanos 5.1-9; 12.1-2; Ef 2.1-10; c. Proclamação: Mateus 28.19-20; Marcos 16.15-16; João 21.15-17; Atos 1.6-11;

FONTES: ANDERS, Max. Profecia bíblica em 12 lições – Série Fundamentos Cristãos. São Paulo: Editora Vida, 2001. .

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