Aqueles que Deus une o divórcio não separa

Aqueles que Deus une?

O divórcio não separa.

Cornelio A.Dias - 21-09-2011

Este estudo não é uma apologia pessoal, incentivo ou apoio ao ato do divórcio.

A finalidade deste artigo é a de mostrar como o ato do divórcio, com o passar do tempo se tornou um problema secular complicado, por ter sido gerado em torno dele uma enorme polêmica, isto é, intensas disputas ou debates sobre a questão do fim de um casamento.

Por ter sido um tabu, muitos casamentos acabaram, mas, os cônjuges mesmo separados físico e sentimentalmente permaneceram juntos até a morte  de um deles! Isto ainda acontece por questões religiosas transformadas em tabu.

Tem sido um antigo problema secular que com o passar tempo adotou caráter religioso, porém, sem algum fundamento bíblico específico que justifique a razão dele ter se transformado na maior controvérsia religiosa, ou seja; aquilo que era apenas uma questão social, tornou se extremamente religiosa e intensamente divergente, isto é; [contraditória]; impossível de haver um consenso definitivo.

No final do artigo compreenderão porque este assunto ainda continua crítico! 

aliançaquebrada

I Coríntios (cap. 6)· 16 Ou não sabeis que o que se une à meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque, como foi dito, os dois serão uma só carne.*Mateus (cap. 19)·6 Assim já não são mais dois, mas uma só carne.

Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem. 

*Marcos (cap. 10)·9 Porquanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem.

*I Coríntios (cap. 7)·12 - Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, não se separe dela.

*I Corintios (cap. 7)·13 E se alguma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com  ela, não se separe dele. 

Quando lemos os versos *acima em itálico, qual é a possível interpretação que imaginamos que eles podem produzir em alguns leitores?

A de há uma aparente fragilidade expressa nos conteúdos das mensagens dos textos bíblicos?

Será que a primeira impressão e da possibilidade de que não é bem Deus que está falando, mas, o sim homem?

Isto pode acontecer sim, quando:

a) tentamos explicar o texto bíblico.

b) produzimos uma interpretação complicada e geramos uma compreensão equivocada.

c) adaptamos os conceitos bíblicos ao nosso contexto secular.

d) construímos dogmas contraditórios ao conteúdo explícito da mensagem.

Com base nas alternativas acima nós criamos a imagem de um Deus sem autoridade, e tentamos provar que Ele não é imponente, e no nosso inconsciente fragilizamos Lo!

Em sinteze: juntamos os itens, a, b, c e d, e esculpimos um Deus limitado.

E assim criamos novas e próprias concepções bíblicas com base apenas nas nossas convicções ínfimas; damos a elas autoridade bíblica, e assim produzimos nossas inovadoras doutrinas, e por serem falsificadas, forjamos uma autenticidade como se ele fosse à genuína Palavra de Deus.

Desta feita falamos aquilo que Deus nunca disse, porque colocamos as nossas palavras na boca de Dele para tentar justificar a nossa controversa hermenêutica.

E numa ultima instância procuramos por alguma possível referência bíblica que deduzimos ser menos consistente que a nossa, em cuja, Ele afirma ter dito; ou seja, tentamos minimizar a capacidade de Deus através da bíblia para justificar a nossa fragilidade humana. Isto é quase natural.

É deste nosso comportamento deturpado que surgem algumas doutrinas tidas por nós mesmos, como verdade inviolável, quase com peso de clausula pétrea, que não nos permite deixar fazer alguma simples alteração ou correção.

Quantas vezes tomamos alguma decisão errada na vida simplesmente por não admitir que possa haver alguma outra mais adequada?

Mesmo estando ciente de que estamos violando um princípio bíblico a fim de justificar aquela nossa ação!

A questão do divórcio é um exemplo típico por ter-se tornado um assunto polêmico no segmento cristão por influencia direta do contexto social.

Por isto existem várias definições contraditórias entre si sobre este assunto por terem sido formalizadas com base em outras linhas de pensamento que redefiniram os conceitos da sua origem, causa e efeito.

Há quem afirma que o divórcio é considerado como adultério, mesmo que a infidelidade conjugal não seja a causa original do fim de um casamento.

Outros lo classificam por pecado indissolúvel, eterno, sem perdão; e em cima disto, criam-se regimentos internos e artigos religiosos quase com peso de lei ou doutrina bíblica; mesmo sem nunca ter questionado a si mesmo se Deus permitiu ou não a separação do casal; ou se Ele não interferiu e foi o homem quem decidiu!

Ainda existem aqueles que conseguem extremisar o absurdo; criando um dogma ou algum conceito que afirma que o casamento é eterno, mesmo sabendo que a bíblia também afirma tudo nesta vida tudo é passageira, e somente dura enquanto vivemos!

Há poucos que ousa e muito raro isto, ser capaz de admitir que somente o próprio Deus seja capaz de separar um casamento, porque a maioria pensa que não tem autonomia para isto.

O dogma doutrinário vigente é o de que o casamento é desconstruível, ou seja, não é possível ser desfeito e voltar a construir; ou, irreconstituível porque não pode ser reconstituído, isto é, ele é indissolúvel, sendo assim, uma vez casado com alguém, está união é para sempre.

Esta é uma regra inviolável e inquestionável, e quando alguém ousa contrariar esta linha de raciocínio conforme o parágrafo anterior ele é estigmatizado como herege. Segundo esta linha de pensamento, a bíblia não tem autoridade capaz de quebrar este tabu.

Isto ocorre porque o homem se atreve em colocar Deus acima apenas de quase tudo, se não fosse realidade, o critério acima exposto. Este é o protótipo do potente, presente e ciente "deus" terráqueo, mas, não o Divino Uni-Deus "Oni-Extremo"!

A maioria das denominações cristãs, bem como alguns segmentos religiosos não cristãos, defende a tese de que a validade de um segundo casamento é nula, enquanto um dos cônjuges estiver vivo, mas, nunca alguma delas ousou consultar a opinião de Deus para saber o que Ele pensa a respeito de um casamento falido cujos cônjuges vivem apenas amigavelmente, apenas de aparências!

Isto ocorre por falta de coerência com os ensinamentos bíblicos e prova disto é que até o próprio Jesus foi questionado a respeito desta problemática gerada pela falta de trazer um pouco de luz bíblica para um assunto nem tão obscuro como se define.

▶Marcos  (cap. 10)10 Em casa os discípulos interrogaram-no de novo sobre isso.

11 Ao que lhes respondeu: Qualquer que repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra ela;

12 e se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério.   

Os versos 11 e 12 respondem a questão. Se um repudiar [rejeitar; separar-se; largar ao abandono e desamparar]; o outro; é a questão que causa a polemica se consideramos as definições entre os colchetes - [...], é exatamente isto, porque, com o divorcio, na menor das hipóteses, a separação é evidente; portanto o repudio é iminente [imediato]; e esta é a definição que se dá ao ato do divórcio.

É natural uma das partes acabar sentindo-se rejeitada (o), abandonada (o), desamparada (o), se a definição de repudio significar simplesmente: a não aceitação - daí a rejeição.

O que é comum no divórcio - é cada um apresentar um motivo de modo a transferir a responsabilidade do fracasso da relação conjugal para outro, independente da fé que confessa, a fim de eximir-se da consciência de culpa.

Raros são os casos em que há um consenso.

E porque isto acontece? Vamos analisar alguns conceitos cristãos, [que não é católico e outros]; para percebermos as disparidades nas opiniões, principalmente, de quem faz uma análise crítica, sem ser pelo viés da experiência vivida da separação conjugal [sem conhecimento de causa].

A principal delas no meio cristão: o homem [ambos os sexos] é que decidiu se separar do seu cônjuge por algum motivo não muito bem justificado.

Incompatibilidade de gênero por exemplo!

Esta é a opinião que predomina, e qualquer que seja a razão, em defesa da acima citada, alega-se, que aquele que decidiu ou tomou para si a iniciativa de separar-se do outro, e la fez em revelia perante Deus.

A segunda mais comum; é a de que foi o diabo se manifestou através de uma terceira pessoa, e entrou na vida do casal destruindo o casamento, além de outras razões banais.

Não podemos descartar estas hipóteses, lógico, mas, onde será que Deus estava enquanto isto estava ocorrendo?

Será que Ele foi conivente com o erro ou o pecado de um dos envolvidos, ou, omitiu-se em intervir?

Ninguém é capaz de afirmar isto explicitamente, mas, denota-se, ao expressar-se.

Porque isto ocorre com frequência, sem que haja uma introspecção espiritual?

Suponhamos que o verso abaixo tivesse sido escrito de maneira diferente da versão original:

De - *Mateus  (cap. 19) · 6 Assim já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não separe o homem.

11 Para -*Mateus (cap. 19) · 6 Assim já não são mais dois, mas uma só carne.  

Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem

O que quer dizer o texto riscado?

Se Ele unir um casal ninguém tem o poder de separar. Somente isto! Por quê?

Se o texto bíblico ou se o veredicto de Deus fosse à segunda versão acima [▶Para -*] adaptada por mim para exemplificar; qual seria a compreensão humana, sobre o divórcio?

Única. Todo casal que Deus não uniu Ele permitiu a separação, caso encerrado; problema resolvido.

Não haveria tantos pseudo-especialistas no assunto divagando, nem haveria questionamentos a se argumentar, nem definições a se elaborar, era assunto fechado.

O único exemplo de sabedoria e discernimento bíblico foi concebido por Paulo: [...]  

I  Corintios (cap. 7)·12 Mas aos outros digo eu, não o Senhor [...];.

[...] mas, isto em hipótese alguma serve de exemplo a se seguir nas igrejas; porque o conhecimento do homem tende ignorar a ação suprema de Deus, e isto tem prevalecido.

Isto se dá uma vez que o portador da palavra entendeu haver uma possível fragilidade no texto quando ele recorreu à bíblia, para tratar do problema referente a uma recente separação conjugal envolvendo um casal membro da sua igreja.

Neste caso não há profeta, ou alguém que seja portador de algum dom que possa servir de interlocutor entre o pastor e Deus, com vista a obter uma orientação sensata sobre como solucionar o caso, por conta da suposta insegurança que admite que o texto bíblico denote transmitir.

Esta falta de preparo bíblico induz a solidez dos hermeneutas [técnicos em interpretação de textos religiosos] ou dos apologéticos [defensores persistentes de alguma doutrina “religiosa”, teoria ou idéia], que a decisão tomada por eles, deve prevalecer sobre a bíblia.

O que aconteceria com algum membro [exceto o líder] de alguma igreja, cujo, ousasse afirmar que Deus, Ele esteve na ação direta desde o principio ao fim, no processo do seu divórcio e concomitantemente; [coincidentemente - sincronicamente] - na escolha do seu novo cônjuge?

Este com certeza seria banido da denominação, com as agravantes de perjúrio, adultério, e etc.; sem o menor direito de defesa.

Decisões assim são tomadas, por causa da incapacidade de se crer que Deus pode tomar decisões como esta diretamente sem a intervenção do homem; então, a liderança da igreja resolver assumir o Seu lugar, investe-se do Seu poder, acusa, julga e sentencia através do beneficio da autoridade lhe foi outorgada para o oficio pastoral, e sacramentada por força de lei do estatuto e do regimento da denominação.

Não me importa as críticas, mas, eu defendo a causa de que, o homem sem Deus pode mudar sim a Lei de Dele e fará conforme: [...] 

Apocalipse (cap. 22) · 18 Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro;

▶19 e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro.

*[...] e já se fazem isto a muito, não preciso exemplificar, a tese que eu defendo aqui é a de que Deus permite sim o homem divorciar-se, e não intervém quando não foi Ele quem los uniu; e se o homem atrever-se a unir um casal contra a vontade Dele, que quase impossível exceto nos tempos bíblicos quando o homem oferecia um dote ao pai em troca ou compra da filha, Ele interfere sim se achar necessário, impedindo ou desfazendo aquela união contrária a sua vontade; constituindo uma nova a sua bel vontade; dai sim, esta união ninguém desfaz.

O homem costuma criar mitologias, quando não consegue compreender a intervenção de Deus nas ações humanas; e nesta polêmica questão do divórcio Ele tem agido, porém, silenciosamente, porque não há quem possa perscrutar os domínios e pensamentos Dele; embora haja quem pensa que pode fazer, por mera hipocrisia.

Não estou aqui para defender ou contrariar o direito de cada um se divorciar e casar outra vez, nem para julgar contra ou a favor de quem já lo fez ou daquele que fará; importo-me em frisar que se algum servo de Deus já agiu assim, não houve intervenção alguma Dele, mesmo ciente que fez por mera vaidade do ego; se esta foi à única causa da separação; e Deus não interviu para impedir nem lo exortou para não fazer, não há como lhe imputar alguma pena o censurar lhe o ato.

Porque não há quem possa substabelecer se sobre a vontade e a lei Dele.

O homem pode tomar qualquer decisão na vida, inclusive a de desobedecer alguma ordem que Deus lhe ordenou para cumprir ou não, mas, se ele decidir agir ou tomar alguma atitude e Deus simplesmente não quiser, ele não consegue.

Se Deus decidir que ele terá que fazer, fará. Vai acatar cumprir e fim, mesmo contra a vontade.

Isto ocorreu com Jonas, Deus deu lhe ordem, ele desobedeceu tomando uma decisão contrária, enfim, cumpriu!

Agora que as maiorias das separações partiram apenas da iniciativa humana, isto é real, bem também a maioria delas prosperaram com sucesso e êxito nesta segunda experiência, mas, só isto não indica se Deus aprovou ou não ou se interferiu direto.

Se Ele não impedir, não há o que censurar. Assim como também existem casos de separações banais, por conta da vaidade ou interesse humano, isto também é fato; porém estas ocorrem mais entre pessoas que não conhece a Deus; porém, mesmo que a justificativa pessoal não corresponda com a causa principal, não significa que Deus foi impedido de intervir porque o Seu domínio é pleno seja no Céu como na terra.

Não há quem possa contrariar a sua vontade.

Portanto: se algum líder decide legislar em causa própria a fim de defender os seus princípios, que lo faça, mas, não atribua a sua decisão a bíblia ou transfira a sua responsabilidade a Deus pelo seu julgamento pessoal ou interpretação teológica.

Se Deus vê que uma pessoa tende a inferir no plano espiritual daquela que Ele tem obra especial para realizar, Ele simplesmente separa os dois, e une a quem lo convier, porque em primeiro plano prevalece a sua vontade, querer e domínio, depois a satisfação e realização pessoal do homem.

Se o meu casamento que foi iniciado conforme rege o padrão cristão, obedecido todas as legalidades formais e doutrinarias, mas, depois de consumado observei que foi um fracasso desde a oficialização do ato; porém mesmo assim ele se prolongou por muitos anos, mas, por fim terminou num divórcio e eu casei-me pela segunda vez; este prosperou a quem debaixo do céu foi dado autoridade para julga lo e decretar a sua ilegalidade ou legitimidade?

Será que Deus empenhado em alguma missão especial e na sua ausência enviou uma procuração assinada por Ele nomeando o pastor da igreja, ou alguma outra autoridade como o Seu representante oficial, outorgando lhe autoridade e competência para tal ofício?

O casamento bíblico constitui-se em duas pessoas fazer um corpo, e foi assim até para esta união o homem estabelecer uma legalização jurídica, e quando a lei do homem separa o casal, também la faz sobre a égide [amparo] da Lei Divina porque é um autoridade constituída, isto é que deve ser observado, antes de se fazer, pré-julgamentos; do contrário é o mesmo que atirar pedra no telhado alheio, quando o seu é de vidro.

É por este motivo, que muitos casamentos entre cristãos são apenas status social, muitos são os convivem amigavelmente juntos, mas, já divididos em dois corpos estranhos, vivendo intramuros como família, porém clandestinamente separados; unidos apenas pela bênção formal a igreja e sob a proteção da lei, apenas por obedecer aos regulamentos internos e doutrinários, meramente infundados.

Deus não habita onde há qualquer separação, que não seja da vida desregrada pelo pecado antes do novo nascimento em Cristo.

Quando o diabo se atreve a intervir numa união, para desestabilizar uma família que Deus aprovou, Ele afugenta o inimigo; fortalece novamente as bases, restaura a harmonia, e o Nome Dele é Louvado.

Isto tem ocorrido, mas, não é percebido nem divulgado, porque a atenção e o interesse público somente é manifesto quando finda a união, daí começa o fluxo de crítica destrutivas contra a separação; porque não interessa remediar para prevenir; visto que prevenção para evitar um divórcio pode solucionar uma crise conjugal, se houver uma educação visando discutir o assunto sob uma possível prevenção que possa ameaçar a estabilidade de um casamento, mas, não há.

E mesmo que houver, mas, se vier tardia, já não terá mais o efeito suficiente para evitar a separação do casal e a restauração da harmonia da família!

Quando o casal cristão ou uma das partes toma a decisão irrevogável de que a separação é a única alternativa, o divórcio é iminente e separa o casal, daí então tem que se admitir que o próprio Deus permitiu que esta fosse à melhor solução.

Se Ele não interferiu para evitar o fim é porque esta união não era do agrado Dele, e isto tem que ser respeitado porque Deus sempre está no controle de tudo.

O que passar disto é hipocrisia. Portanto se uma Igreja decidir excluir um casal de membros por conta de terem se divorciado, ou não aceitar outro casado pela segunda vez como membro da denominação; é importante frisar e admitir que isto não tem amparo bíblico algum, isto nada mais é do que uma questão de política interna da Igreja influenciada pela orientação pessoal constituída pela cultura social de senso comum do líder da igreja.

Se o primeiro casamento foi desligado na terra por força da lei, ele é no Céu, e foi lo com a permissão de Deus.

Se ele for ligado pela segunda vez, também foi conforme o Seu próprio desígnio. Deus não precisa da advocacia de ministros religiosos para resolver questões de relacionamento conjugal.

Sintetizando: cabe ressaltar ainda que o cerceamento do direito de um casal recém formado após o constrangimento de ambos sofridos por ocasião do divórcio é uma prática litúrgica oriunda da teologia católica romana, que por sinal, já não tem mais o mesmo rigor de outrora e já está se tornando obsoleta.

As denominações cristãs também devem começar a rever os seus dogmas doutrinários sobre o assunto.

O casamento depois de um divórcio não compromete em tempo algum a salvação individual da alma do casal apenas pelas circunstâncias oriundas do divórcio seguido do novo casamento; mas, sim se por conta de uma vida desregrada espiritual e pecaminosa de cada um perante Deus.

Esta reflexão é uma advertência para os famigerados juízes autônomos de plantão da vida alheia, que ao invés de querer julgar a complicada questão do divórcio da alheia de um casal, como que se a sua verdade fosse absoluta, ao invés disto, procure aproveitar o seu tempo empreendido para isto e invista na sua vida pessoal, procurando fazer um profundo retrospecto sobre este delicado tema, reavaliando os seus conceitos, que não serve os outros!

Para questionarem o estudo, faço uma pergunta?

Porque os pastores fazem tanta confusão se tudo está escrito na bíblia e se o próprio Jesus disse que veio cumprir a Lei de Moisés e isto inclui esta passagem bíblica sobre o divórcio?

São três os motivos pelos quais tantos outros temas bíblicos são distorcidos como o polêmico divórcio!

Veremos a seguir: 

1º - Por não saber fazer uma hermenêutica do texto.

O que é isto? A hermenêutica nada mais é do que interpretar o que está escrito. 

I  C [...];. Deuteronômio 24 1 Quando um homem tiver esposado uma mulher e formalizado o matrimônio, mas pouco tempo depois descobrir nela algo que ele reprove e por isso deixar de querê-la como esposa, ele poderá dar à sua mulher uma certidão de divórcio e mandá-la embora.  2 Entretanto, se depois de partir de casa, ela se tornar esposa de outro homem,

3 e este vier a não gostar mais dela também, igualmente lhe dará certidão de divórcio, e a mandará embora.

2º - Por não examinar as Escrituras:

O que é isto? Observar e analisar minuciosamente todos os textos sobre o assunto e verificar em quais contextos eles poderão são empregados.

▶Mateus 22 28 Sendo assim, na ressurreição, de qual dos sete ela será esposa, considerando que todos foram casados com ela?

▶Mateus 29 ▶Sós estais equivocados [errado] por não conhecerdes as Escrituras nem o poder de Deus!

30 ▶Na ressurreição, as pessoas não se casam nem são dadas em matrimônio; são, todavia, como os anjos do céu

Observe atentamente que os erros crassos de hermenêutica por não examinar e conhecer as Escrituras é milenar, e que os mesmos erros ainda continuam sendo praticados até os dias atuais porque todos querem ser pastores, mas, ninguém quer saber de estudar pelo menos a bíblia!

Ou estou errado? O terceiro erro é o mais bizarros de todos!

3º - Por falta de não consultar um dicionário: Nem é preciso fazer uma exegese usando o texto hebraico e traduzir para o português nosso, o de Portugal ou para outros idiomas; porque a tradução da bíblia até hoje continua sendo confiável!

A questão é que os portadores de tribuna não sabem que o termo "repúdio" significa.

No verbo transitivo direto - 1 - rejeitar (a esposa); de acordo com as formalidades da lei separar-se de (a esposa) é por meio do divórcio.

No transitivo direto - 2 - deixar que (alguém ou algo) fique só; largar ao abandono, ao desemparo; separar-se - ex.: a família transitivo direto.  - 3 - opor recusa a; demonstrar rejeição por; repelir.

E o próprio termo separar-se que por si só se explica não necessitando ser catedrático para entender.     

▶Romanos 12 5 Assim também nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e cada membro está ligado a todos os outros.

6 ▶Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé.

7 Se o teu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensina;

Então preste atenção naquele que está ensinando se ele está sendo coeso, coerente e conciso sobre o texto que está sendo estudado, porque o professor também aprende mutuamente com o aluno!

Se o portador da tribuna está insistentemente praticando um erro gramatical crasso e o sentido do estudo continua sendo distorcido por conta disto, em caso afirmativo; faça o seguinte: presenteie lo com um dicionário aberto na página onde se encontra a definição do termo cujo significado ele distorce, com ela dobrada e o termo correto grifado; mas, envie lhe anonimamente!

Creio que ele vai procurar se retratar sobre o erro de hermenêutica praticado na ocasião do ensino ou do sermão!

Caso também seja comigo, eu, agradeço de bom grado, prefiro mais aprender do que ensinar!

Qualquer interpretação "hermenêutica" proveniente da mente humana, da concepção pessoal, adquirido através de estudo, influenciada por outros dos textos ou autores; se estes forem bíblicos e plenamente fiéis aos escritos, são heresias verdadeiras.

Se ela alterar o real significado, mudar, inverter e contradizer é falsa.

Não foi dado ao homem o direito nenhum de interpretar ao seu bel prazer as Escrituras Sagradas, contradizendo o que o Espírito diz a Igreja.

A conclusão mais simples para resumir todo o contexto e sem pretexto que é: qualquer justificativa usada para esconder os reais motivos de alguma coisa; desculpa; e que também significa ser uma alegação de quem não pretende explicar as razões de algo; isto é: subterfúgio.

A união matrimonial legítima conforme foi prescrita por Deus a Moisés é simples e explicita a seguinte definição: o homem e a mulher independente da idade; óbvio que não deve se entre a fase infantil e a adolescência; é necessário observar este aspecto; desde que tenha compromisso e maturidade suficiente para entender o que sentimentos de afeto por alguém começa pelo respeito mútuo e que o homem deve ser o líder da família; condição que a mulher deve aceitar por amor e conforme o mandamento de Deus.

Esta união ela deve ser celebrada pelo ancião ou presbítero e que ambos tenha idade próxima da maioridade e maturidade para formar uma família. A autoridade eclesiástica celebra o ato e registra o fato.

Ele emite uma declaração escrita e assinada por todos e o casal após ser celebrado; torna se "marido e mulher". Marido e mulher significar coabitar fisicamente enquanto que noivo e nova é coabitar espiritualmente com Deus através de Cristo.

O termo esposo e esposa não tem conotação secular e matrimonial alguma; ele foi definido estritamente na bíblia para representar a união espiritual entre a noiva que é a Igreja e Cristo o seu noivo até que ocorra o arrebatamento dela.

Quando então será celebrado "as bodas" do Cordeiro "Filho de Deus" com a sua "Noiva"; que representa todos os salvos na primeira parousia de Cristo e durará sete anos; quando enfim deixará de existir, "noivo e noiva".

Este é um erro grotesco de dialética e hermenêutica bíblica que deve ser corrigido por quem julga ou se identifica como preletor nas tribunas. 

Imagem:

  1 "https://www.ligonier.org/blog/what-is-the-rapture/">https://seriemaniacos.tv/divorcio-preso-formato-televisivo/.  

Revisão Julho 2023

Em Cristo.

Shalom.

 

"Feito perfeito, é imperfeito; como criação, o meu eu; natureza humana! C. A. Dias.

 

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