APOLOGÉTICA

Apologética. Introdução e fim. 

Por Cornelio A. Dias  2010-10-12 

 

Introdução:

Começando pela origem e a definição, o termo; apologética, teve origem do latim tardio apologetĭcus através do grego ἀπολογητικός e por derivação de apologia também do grego απολογία que significa defesa verbal; portanto, nada escrito é apologética mesmo que defenda uma teoria.

A destruição do conceito original

O Presidente do Brasil é um apologeta. Sempre que defende um argumento contrário e ou a favor ele está exercendo a apologética; quando a sua defesa é verbalizada.

Então ela não pode ser definida como ciência, visto que sempre haverá de ser verbalizada, jamais escrita, pesquisada e outros afins; por isto não é possível ela se tornar restrita a um circulo fechado de estudiosos especialistas em alguma ala do saber científico, salvo exceção se formar uma conferencia para cada um defender apenas verbalmente a sua teoria tida pelo mesmo como a única certa em relação às dos demais participantes.

Porque o rigor de manter a natureza das coisas?

Por exemplo: se uma fórmula é H2O ela nunca será H2O2; se a ciência é empírica não há de ser metafísica nunca.

A ciência consiste no ter conhecimento que tem como base a informação que é a noção precisa e consciente daquilo que se compreende através do raciocínio lógico e do exato resultado de um estudo ou pesquisa; ou seja, ela é objetiva, portanto, pode ser examinada.

A apologia é baseada na experiência e na observação exposta oralmente e não através de algum conhecimento adquirido por meio de alguma metodologia científica através da escrita; assim como o objeto de estudo da filosofia é o pensamento; visto que se assim fosse ela seria apenas um saber restrito ao domínio exclusivo de uma ala de domínio do segmento cientifico acadêmico.

Ela na esfera teológica propõe demonstrar a verdade da própria doutrina, defendendo-a de teses contrárias apenas em debates e seminários verbalizados.

Se uma idéia for escrita ela deixa de ser apologética. Ela é a defesa verbalizada de um pensamento sempre no campo da idéias.

Este é o ponto central que a ala acadêmica geral não obstante a teologia protege a sete chaves o simples significado do termo para não se tornar popular, formal ou explícito, isto é; visando valorizar mais à aparência do que o conteúdo, para desta forma tornar este termo restrito do senso comum.

E assim surgiu a figura personificada do *exegeta* com sendo alguém com exímio conhecimento restrito apenas ao segmento acadêmico, quando na verdade o próprio significado do termo contradiz por si mesmo conforme a sua origem gramatical.

Esta contradição premeditada evoluiu visando reinterpretar ou ressignificar o termo para dar uma conotação ou sentido diferente; para então criar um novo tipo de especialista na área do saber; para então a partir da inversão do radical do termo original criar a tipificação do intelectual apologeta; que a partir de então deixou de ser qualquer pessoa capaz de fazer a sua defesa verbal; de uma idéia ou um escrito qualquer oralmente sobre qualquer tese ou a teoria em si seja ela escrita ou não.

Portanto: a apologética não pode evoluir teoricamente além da uma introdução; visto que ela uma defesa estritamente verbal e não escrita.

A partir desta problemática um assunto qualquer em debate ele antes tem que ser um estudo ou algum tema escrito, daí então ele pode ser defendido, contrariado, modificado ou contradito apenas através de opiniões; ou seja, de apenas verbalizado ou expresso oralmente.

Nada que é registrado através da escrita é apologética. Aqui termina a introdução e a definição de apologética.

Todos somos apologetas natos, sempre estamos fazendo uma defesa verbal conforme a nossa perspectiva sobre algo; basta apenas colocar em pauta um assunto e debater; que haverá diversas contradições conforme o contexto individual.

Este típico apologeta que registra as suas opiniões ou defende a sua ótica através da escrita não existe.

A apologética esta ligada a hermenêutica através da interpretação do texto legal; porém, verbalizada; como por exemplo, quando a partir de um esboço o preletor fizer uma defesa verbal dele, ou seja, não pode ser um ensino, ele tem que defender a idéia central do texto para o publico ouvinte.

Isto ocorre naturalmente em debates onde várias pessoas debatem um assunto em pauta numa discussão, é neste o contexto onde cada um defende a sua linha de pensamento que a Apologética está sendo praticada na integra.

Entretanto: este estudo ele encerra nele em si mesmo; e apenas a partir do momento em que ele foi for posto em pauta para numa discussão; aquele estiver defendendo lhe no um debate do contraditório, aquele que defender este dos contrários; apenas ele(s) estará (ao) exercendo a apologética no estrito sentido da definição original do próprio termo, que é apenas a defesa verbal e não a acusação, contradição e etc.

Isto vai além da estupidez humana quando a igreja “X” anuncia por meses antecipado a apresentação de um *Apologeta de renome Internacional*. Não exixte este protótipo.

E não dia da exposição do ilustre ao invés do cenário preparado ser uma arena para um debate sobre algum ponto fundamental que ele defende; o convidado apresenta um estudo com direito a “Data Show”.

Este é o fim. E assim de forma prematura termina a importante Apologética. Fora disso tudo não passa de mera especulação ou a distorção sem fundamento teórico do termo; apologética. 

Em Cristo.

Shalom

 

"Feito perfeito, é imperfeito; como criação, o meu eu; natureza humana! C. A. Dias. 

 

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